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São Paulo, quarta-feira, 09 de abril de 2003

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MEMÓRIA

Único torneio da entidade foi um sucesso técnico

DA REPORTAGEM LOCAL

A Liga Rio-São Paulo morre depois de ter organizado um único torneio, que teve suas trapalhadas, mas agradou bastante na parte técnica.
Poucas vezes uma competição no país foi tão ofensiva como o interestadual de 2002 entre paulistas e fluminenses. A média de gols ficou em 3,72 por jogo. Como comparação, a melhor marca de um Nacional não passa de 3,02 gols por partida.
Em 126 partidas disputadas, apenas uma (o clássico Corinthians x Palmeiras, já na parte final da primeira fase do torneio) terminou sem gols.
Apesar de ter deixado de divulgar o público em várias oportunidades, ficou evidente que o torneio foi mais atrativo para o público do que os Estaduais disputados em 2003.
Nas semifinais, contra o São Caetano, o Corinthians encheu o Pacaembu. Agora, mesmo com o Palmeiras pela frente, reuniu 13 mil torcedores no primeiro jogo das semifinais do Campeonato Paulista.
Para vender os direitos de transmissão à Globo, a liga recebeu R$ 65 milhões. Agora, somados, os Estaduais do Rio e de São Paulo renderam menos de R$ 20 milhões.
O que atrapalhou o torneio feito pela liga foi a confusão no regulamento. Apesar de ter feito pior campanha do que o Palmeiras, o São Paulo foi à final pelo estapafúrdio critério de menor número de cartões após dois empates nas semifinais.
Outro ponto que deixou a desejar foi o desempenho dos times do Rio. Nenhum time do Estado chegou às semifinais.
Em compensação, os quatro últimos colocados foram equipes do Rio. O pior de todos foi o América, que perdeu 12 das 15 partidas que realizou.
Para manter a representação de cada Estado, o descenso, que acabou sendo inútil, atingiu um time paulista, apesar da classificação, e um do Rio.


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