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MEMÓRIA
Único torneio da entidade foi um sucesso técnico
DA REPORTAGEM LOCAL
A Liga Rio-São Paulo morre depois de ter organizado um único
torneio, que teve suas trapalhadas, mas agradou bastante na parte técnica.
Poucas vezes uma competição
no país foi tão ofensiva como o interestadual de 2002 entre paulistas e fluminenses. A média de gols
ficou em 3,72 por jogo. Como
comparação, a melhor marca de
um Nacional não passa de 3,02
gols por partida.
Em 126 partidas disputadas,
apenas uma (o clássico Corinthians x Palmeiras, já na parte final da primeira fase do torneio) terminou sem gols.
Apesar de ter deixado de divulgar o público em várias oportunidades, ficou evidente que o torneio foi mais atrativo para o público do que os Estaduais disputados em 2003.
Nas semifinais, contra o São
Caetano, o Corinthians encheu o
Pacaembu. Agora, mesmo com o
Palmeiras pela frente, reuniu 13
mil torcedores no primeiro jogo
das semifinais do Campeonato
Paulista.
Para vender os direitos de transmissão à Globo, a liga recebeu R$
65 milhões. Agora, somados, os
Estaduais do Rio e de São Paulo
renderam menos de R$ 20 milhões.
O que atrapalhou o torneio feito
pela liga foi a confusão no regulamento. Apesar de ter feito pior
campanha do que o Palmeiras, o
São Paulo foi à final pelo estapafúrdio critério de menor número
de cartões após dois empates nas
semifinais.
Outro ponto que deixou a desejar foi o desempenho dos times do
Rio. Nenhum time do Estado chegou às semifinais.
Em compensação, os quatro últimos colocados foram equipes
do Rio. O pior de todos foi o América, que perdeu 12 das 15 partidas
que realizou.
Para manter a representação de
cada Estado, o descenso, que acabou sendo inútil, atingiu um time
paulista, apesar da classificação, e
um do Rio.
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