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VÔLEI
Após construir campanha sem alardes, time inicia final da Superliga contra Florianópolis em busca do inédito 4º título
Minas tenta história como "come-quieto"
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem pressa e sem alarde, o Minas, que no passado naufragou na
finalíssima diante do paulista Banespa, trilhou o caminho até a decisão da Superliga de vôlei. E, a
partir de hoje, tenta fazer vingar
de vez o estilo "come quieto", a
fim de fazer história na mais importante competição nacional.
Se passar pela série melhor de
cinco contra o estreante Florianópolis, o time assegura o quarto título do campeonato e se isola como o maior vencedor do campeonato -está empatado com a Ulbra-RS, com três troféus cada um.
"Para nós, parece que quanto
mais difícil melhor. A final não
tem dono. Temos de aproveitar
essa euforia [da classificação],
acumular toda essa energia positiva para passar pela decisão", afirmou o levantador Marlon.
Antes da Superliga, mudanças
nos times grandes fizeram com
que o Minas ficasse um pouco
apagado na lista de favoritos.
O Florianópolis, seu rival de hoje, às 20h, em Belo Horizonte,
montou um grupo forte e chamou Renan Dal Zotto, prata em
Los Angeles-1984 e ex-gerente do
vitorioso projeto da Unisul, para
o banco de reservas.
Ricardo Navajas, um dos mais
experientes técnicos do país, saiu
de Suzano para a Ulbra. Na Unisul, Zé Roberto Guimarães manteve um bom elenco. Sem a seleção feminina para se preocupar,
pôde se dedicar mais ao time.
Durante a fase classificatória, o
Minas foi ainda mais "mineiro".
A equipe se manteve sempre na
parte de cima da tabela, mas só arrancou de vez nas quatro últimas
rodadas -terminou como líder.
O Florianópolis esteve quase
sempre entre os dois primeiros
colocados no certame. "Tivemos
problemas imprevisíveis, muitos
lesionados. Mas isso serviu para
dar ânimo ao time, que mostrou
capacidade de superar as dificuldades e sustentar o planejamento", disse o técnico Jon Uriarte.
Nas estatísticas, que mostram
os melhores em casa fundamento,
o Minas tampouco faz alarde.
O Florianópolis lidera as listas
de quatro fundamentos (ataque,
levantamento e bloqueio). Os mineiros não aparecem no topo.
"Mas eles têm dois pontas que
passam bem, um levantador experiente [Marlon] e um jogador
que sabe atacar bolas altas [o
oposto Leandro]. Nós estamos
tentando achar esse equilíbrio
desde o início", disse Renan.
A equipe mineira já deu mostras de seu "fator surpresa" no
Paulista do ano passado.
Após perder o técnico Marcos
Miranda, o time contratou o argentino Uriarte, que não teve nem
tempo de alugar casa em Belo Horizonte e já precisou se mudar para um hotel em São Paulo para dirigir o Pinheiros, que fez parceria
com o Minas, no Estadual.
Mesmo com os percalços, a
equipe chegou à final e derrotou a
Unisul/Barueri, chefiada por Zé
Roberto. Nas semifinais da Superliga, o rival foi o mesmo. No último jogo, o Minas perdia por 2 sets
a 0, mas virou e chegou à decisão.
Na TV - Minas x Florianópolis,
Sportv, ao vivo, às 20h
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