São Paulo, sexta-feira, 09 de junho de 2000


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O PERSONAGEM
Santos cresceu sem Dodô, diz revelação Giba

FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

A saída do atacante Dodô do time titular modificou a forma de jogar do Santos e está entre os fatores que levaram a equipe à decisão do Paulista, segundo avaliação do técnico Giba.
Sob o comando de Carlos Alberto Silva, demitido em maio, Dodô era titular absoluto. Depois que Giba assumiu, o jogador, uma das estrelas do time, foi para a reserva. Ex-lateral do Corinthians, Antonio Gilberto Maniaes, 38, concedeu entrevista ontem à Agência Folha no CT Rei Pelé, do Santos. Leia, a seguir, os principais trechos:

Agência Folha - Em apenas quatro anos de carreira como treinador, você já está na decisão de um campeonato importante. Dá insegurança?
Giba -
Pelo contrário. Se estou aqui, é porque mereço. É minha quarta decisão. As outras três, já ganhei (Paulista da B1-B de 96 pelo Valinhos, Copa São Paulo de Juniores de 97 pelo Paulista e Campeonato Alagoano de 98 pelo CSA). Decisão é igual em todo lugar.

Agência Folha - O que explica você conseguir resultados após um mês de trabalho com o mesmo time que fracassou nas mãos de Carlos Alberto Silva?
Giba -
Não posso dizer em relação ao trabalho dele porque seria antiético. O que posso dizer é que houve uma assimilação melhor pelos jogadores da forma de conduzir e de treinar.

Agência Folha - O Santos é um time violento?
Giba -
Quantos cartões vermelhos o time teve nos últimos oito jogos? Dois. Posso responder pelos meus jogos. A equipe não é violenta. Violência é o que se viu no jogo Corinthians e São Paulo, com nego dando voadora, pontapé.

Agência Folha - As declarações são-paulinas sobre a violência do Santos são uma maneira provocar seu time?
Giba -
Sinceramente, acho isso uma conversa fútil. Nem me interessa. Não vejo onde está a experiência nisso. Se houver uma falta mais violenta, o árbitro vai expulsar, seja jogador do São Paulo ou do Santos.

Agência Folha - Como técnico, você quase foi para o Palmeiras e acabou sendo preterido...
Giba -
Se quase fui, sou o único que não sabe. Li na Folha. Cheguei a conversar com o Sebastião Lapola, que é meu amigo, e, quando disse que estava trabalhando como treinador, ele me pediu, na época, o currículo, porque ia mandar para a Arábia Saudita, mas não necessariamente para o Palmeiras.

Agência Folha - Você classifica como indisciplina as declarações do Dodô de que não aceitava a reserva porque é o artilheiro da equipe?
Giba -
Ele era mal-acostumado. Graças a Deus, aprendeu, entre aspas. Antes de eu assumir, o time jogava para o Dodô, e o Dodô não dava a resposta necessária. Seis gols é muito pouco para o artilheiro de um grande clube. É muito na Inter de Limeira. Então, o Santos jogava em função do Dodô. Onde chegou jogando assim?


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