|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Memória
"Fiorês" dava magia ao espetáculo
NEIVALDO JOSÉ GERALDO
EDITOR-ADJUNTO DE DINHEIRO
Pelo radinho de pilha de
meu pai, conheci Fiori Gigliotti nos anos 70. Fã de
futebol como 10 entre 10
garotos da rua, seguia as
transmissões por aquela
caixinha, sempre com
meu irmão mais novo.
Fiori conseguia, de forma mágica, nos transportar para a arquibancada.
"Abrem-se as cortinas, começa o espetáculo." Era a
senha do início de transmissões que, mais do que
relatos, eram dramatizações da luta nas "quatro linhas da cancha verde".
E como ele carregava
nas tintas. "Crepúsculo de
jogo", em "fiorês", era de
arrepiar. Queria dizer que
a partida ia acabar e, naqueles casos, nós iríamos
perder, mesmo com Pelé
no time, para a "Academia
de Parque Antarctica".
"Agüenta, coração!" era
outra pérola. O meu de 13
anos até que agüentava
bem, mas às vezes parecia
que iria saltar pela boca.
Há muito já não o ouvia,
pois o "tempo passa", e o
garoto ficou lá trás. Mas é
pena que "fechem-se as
cortinas e termine o espetáculo" para esse autor de
dramas de 90 minutos,
que apresentou a magia do
futebol a várias gerações.
Texto Anterior: Locutor Fiori Gigliotti, 77, morre em São Paulo Próximo Texto: Tecnologia: Fifa usa computador para decidir autoria de gol contra Índice
|