DOS ENVIADOS A JOHANNESBURGO

Cristiano Ronaldo fez ontem quase tudo o que dele se espera na Copa do Mundo.
Atacou pelos dois lados, deu chutes perigosos com os dois pés, abriu os braços para reclamar dos companheiros e causou frisson no Wanderers Stadium. Só faltou o gol.
O astro do Real Madrid entrou em campo aos 17min do segundo tempo, no lugar de Simão. Nos 30 minutos em que atuou, movimentou-se muito. Sem bola, corria na horizontal, de um lado para o outro. Com ela, ia para o gol.
O terceiro gol português saiu de um míssil disparado pelo pé esquerdo do camisa 7. O goleiro Lama rebateu nos pés de Hugo Almeida, que empurrou para a rede.
No último lance perigoso do jogo, o atacante acertou um chute parecido, com o pé direito. Lama ofereceu novo rebote, ninguém aproveitou.
Cristiano Ronaldo foi acionado 15 vezes, acertou dez dos nove passes que tentou, arriscou três cruzamentos, infrutíferos, e reclamou duas vezes por não ter recebido a bola: uma do goleiro Eduardo, outra de Danny.
Quando ouviu o apito final, o craque foi sozinho para os vestiários. Foi contido por um integrante da comissão técnica portuguesa e voltou para cumprimentar os adversários (e fãs) moçambicanos.
No pequeno palco montado no gramado, ergueu sem entusiasmo a Taça da Boa Vontade, oferecida ao vencedor do amistoso. (JGC E MF)


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