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FUTEBOL
Gléguer criticou Luxemburgo por ter ficado na reserva em amistoso
Corinthians negocia mais um desafeto do treinador
MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
A vontade de Wanderley Luxemburgo é levada muito a sério
no Corinthians. E quem não se
adapta, não se dá muito bem.
Com seis meses de clube, Luxemburgo já acumula funções
(técnico e manager), dispensou
jogadores, encabeçou as negociações para a contratação de outros,
e conseguiu convencer o presidente Alberto Dualib a não reintegrar Marcelinho ao elenco.
A última vítima é o goleiro Gléguer, que está de malas prontas
para Campinas. Ele vai voltar para o Guarani, clube que defendeu
até o começo do ano, quando foi
contratado pelo Corinthians a pedido do técnico Dario Pereyra.
O destino do goleiro começou a
ser traçado quando ele criticou a
atitude de Luxemburgo em um
jogo-treino preparatório para os
torneios do segundo semestre.
Rubinho foi o titular no amistoso contra o Bragantino, em julho
passado. Gléguer ficou no banco.
A decisão revoltou o preterido,
que esperava ficar com a vaga de
Maurício, dispensado pelo clube.
"Não dá para entender esse cara
[Luxemburgo]. Não tive nenhum
problema disciplinar e agora
acontece isso. É um absurdo, mas
o que vou fazer? Tenho contrato
até 2004", disse, na ocasião.
No dia seguinte, Gléguer mudou de tom. Acreditou nas entrevistas concedidas por Luxemburgo, que não admitia, na época, ser
Rubinho seu titular absoluto.
"Se ele disse que está fazendo
experiências, vou esperar a minha
vez", disse, então, Gléguer -que
espera até agora.
Desde o "incidente" em Bragança Paulista, o jogador está no ostracismo. Gléguer não foi relacionado para nenhum dos quatro jogos que o Corinthians já fez no segundo semestre. Doni, recém-contratado do Botafogo-SP, assumiu o banco de reservas. Yamada
é o terceiro goleiro.
O retorno do goleiro para o
Guarani coincide com o fim do
imbróglio da transferência do
meia Renato, do Guarani, que foi
contratado pelo Corinthians na
última semana, mas estava preso
ao seu empresário, Fernando César -dono de 50% dos direitos
federativos do atleta.
Ontem, César e a diretoria do
Guarani se acertaram.
"Resolvi as minhas pendências
com o meu sócio, o Guarani.
Amanhã [hoje] vamos assinar os
papéis", afirmou o empresário.
"A ida de Renato abre as portas
para o retorno de Gléguer", disse
Milton Fernandes Alves, assessor
de imprensa do Guarani.
O vice-presidente de futebol do
Corinthians, Antonio Roque Citadini, confirma o negócio. "Eles
querem o Gléguer e nós temos o
Rubinho, que se firmou", disse.
Sobre o caso Marcelinho, Citadini apenas esclareceu que a proposta do Santos -empréstimo,
pelo qual pagariam US$ 300
mil- não interessa.
O Cruzeiro, que deu ultimato
para a resolução do caso, é o dono
da melhor proposta, mas acertou
ontem a contratação de Alex.
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