ROBERTO DIAS
ENVIADO ESPECIAL A ATENAS

"Não muito tranqüilo, não muito preocupado", definiu-se ontem o treinador ucraniano Oleg Ostapenko em relação à recuperação física de Daiane dos Santos.
Operada no joelho direito há 51 dias, a ginasta chega à semana de abertura da Olimpíada sem estar totalmente recuperada. "Ela tem dor, mas já pode treinar", diz o técnico da equipe brasileira.
O desafio agora é fazer a ginasta cumprir corretamente sua série apesar das limitações físicas.
"Ela já mostra uma série normal, não muito boa", afirma Ostapenko, para a seguir decifrar melhor seu vocábulo preferido: "Normal para mim é bom".
Daiane também adotou a palavra -ontem, empregou-a seis vezes numa entrevista de um minuto. Se a usa com sentido um pouco diferente do de Oleg, a mensagem é semelhante. Ela disse que seu joelho "está normal, um pouquinho doloridinho".
A equipe brasileira treinou apenas pela manhã ontem. Daiane disse que se exercitou nos três aparelhos em que competirá na Olimpíada (solo, salto e paralelas assimétricas). "Foi um pouco mais leve o treino", contou ela.
A ginasta fará sua estréia em Jogos Olímpicos no próximo domingo, quando começam as eliminatórias da modalidade. Antes, porém, na quinta-feira, fará o chamado "dia do pódio", quando as competidoras mostram aos jurados os movimentos que pretendem executar. "É o dia que a gente vai mais sentir mesmo [o clima olímpico]", afirma ela.


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