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FUTEBOL NO MUNDO
Liga da Justiça
RODRIGO BUENO
Enquanto isso, na Sala da Justiça... Independentemente da
sua idade, você já deve ter escutado isso uma porção de vezes.
Quando era criança, assistia ao
desenho dos Superamigos, em
que a frase acima é seguidamente repetida, e não entendia
direito por que o Super-Homem, tão poderoso, resolveu
um dia se juntar com o Batman, a Mulher Maravilha, o
Aquaman e outros heróis para
formar a Liga da Justiça.
Hoje, bem mais amadurecido,
vejo a Superliga de futebol que
está para ser criada na Europa
e entendo as razões para aquele
sindicato de superpoderosos.
Os grandes precisam da companhia de outros grandes, para
continuarem nessa condição.
O que ganha a Juventus de
Turim ao enfrentar o Empoli? E
o que significa para o Real Madrid jogar contra o Salamanca?
O Manchester United lucra ao
duelar com o Derby County?
Juntas, essas potências do futebol mundial podem faturar
horrores com direitos de TV, exploração de suas marcas, venda
de carnês antecipados etc.
Separadas, elas sobrepujam
rivais locais de pouca expressão
e ganham torneios nacionais.
Na era da globalização, cada
vez mais se pensa no macro.
Silvio Berlusconi, magnata
que preside o Milan, previu já
nos anos 80, quando montou
um dos maiores times da história, a criação dessa Superliga.
Como não dizer sim para um
torneio que renderá cerca de
US$ 60 milhões de prêmio ao
time campeão e mais de US$ 20
milhões aos clubes que simplesmente participarem do evento?
Com critérios questionáveis
ou não na escolha dos sócios da
liga, o fato é que no mundo
todo os gigantes se unem.
Seja na até agora desprezada
Copa Mercosul, seja na esdrúxula Copa Merconorte que está
por vir, seja na possível liga
brasileira dos grandes clubes ou
seja ainda no Campeonato
Paulista, que garante mais dinheiro aos seus participantes a
cada ano para não ser extinto.
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