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Ex-Palmeiras, Jorginho põe Ponte em alta
Entre os 40 clubes das Séries A e B, campineiro é o melhor do pós-Copa
DE SÃO PAULO
Durante a Copa do Mundo,
Luiz Felipe Scolari já estava
apalavrado com o Palmeiras,
mas trocou os treinos da
equipe pelo trabalho de comentarista na África do Sul.
Enquanto isso, em Campinas, Jorginho, que fez sucesso como técnico interino do
Palmeiras em 2009, aproveitava a pausa do Mundial para
acertar a Ponte Preta.
Quase dois meses após o
fim da Copa, o Palmeiras
quase nada evoluiu em relação a antes do Mundial. Tudo
muito diferente da Ponte.
O começo da Série B foi um
pesadelo para o discreto Jorginho. Em sete rodadas, o time somou apenas seis pontos e ocupava a 16ª colocação, apenas uma acima da
primeira na zona do rebaixamento para a terceira divisão
do Campeonato Brasileiro.
Os torcedores pediam a cabeça de Jorginho, que, depois do sucesso efêmero como interino do Palmeiras,
havia fracassado no Goiás.
Mas a diretoria campineira
bancou a permanência do
treinador. E não tem motivos
para se arrepender.
Depois de mais de 30 dias
de treinos, a Ponte Preta se
transformou após o Mundial.
Disputou 39 pontos, e ganhou 30, aproveitamento de
77%, o melhor no período entre os 40 clubes que disputam as duas principais divisões do futebol do país.
O principal efeito disso está na classificação da Série B.
Agora, já depois da primeira
rodada do returno, a Ponte
Preta ocupa a vice-liderança
e já deslumbra sua volta à divisão de elite, onde está o
grande rival, o Guarani.
Além da melhora nos resultados, o que mais mudou
na Ponte Preta foi justamente
o que muitos treinadores dizem ser a primeira missão da
profissão: arrumar a defesa.
Depois da paralisação do
Mundial, o time de Jorginho
passou a levar, em média, só
0,46 por jogo. Antes da competição de seleções nacionais, o número era de 1,43.
TESTES
Durante a pausa da Copa,
Jorginho fez uma série de jogos-treinos contra times do
interior paulista. Segundo
ele, esses partidas tinham como principal função dar ritmo de jogo a atletas que não
vinham sendo utilizados,
mas que estavam nos planos
do treinador para o pós-Mundial da África do Sul.
Ele também aproveitou o
tempo livre para testar jogadores do time júnior.
Além da dedicação de seus
treinadores, Palmeiras e
Ponte Preta estão em lados
opostos em relação a outro
assunto durante a pausa do
Mundial sul-africano.
O time interiorano, a pedido de Jorginho, aproveitou
para reformar o gramado do
estádio Moisés Lucarelli.
Já o Palmeiras, mesmo
sem começar as reformas que
vão ampliar o estádio do Parque Antarctica, deixou de lado sua arena para adotar
o Pacaembu como casa, o
que deve acontecer por pelo
menos dois anos.
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