São Paulo, quinta-feira, 09 de setembro de 2010

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Ex-Palmeiras, Jorginho põe Ponte em alta

Entre os 40 clubes das Séries A e B, campineiro é o melhor do pós-Copa

DE SÃO PAULO

Durante a Copa do Mundo, Luiz Felipe Scolari já estava apalavrado com o Palmeiras, mas trocou os treinos da equipe pelo trabalho de comentarista na África do Sul.
Enquanto isso, em Campinas, Jorginho, que fez sucesso como técnico interino do Palmeiras em 2009, aproveitava a pausa do Mundial para acertar a Ponte Preta.
Quase dois meses após o fim da Copa, o Palmeiras quase nada evoluiu em relação a antes do Mundial. Tudo muito diferente da Ponte.
O começo da Série B foi um pesadelo para o discreto Jorginho. Em sete rodadas, o time somou apenas seis pontos e ocupava a 16ª colocação, apenas uma acima da primeira na zona do rebaixamento para a terceira divisão do Campeonato Brasileiro.
Os torcedores pediam a cabeça de Jorginho, que, depois do sucesso efêmero como interino do Palmeiras, havia fracassado no Goiás.
Mas a diretoria campineira bancou a permanência do treinador. E não tem motivos para se arrepender.
Depois de mais de 30 dias de treinos, a Ponte Preta se transformou após o Mundial. Disputou 39 pontos, e ganhou 30, aproveitamento de 77%, o melhor no período entre os 40 clubes que disputam as duas principais divisões do futebol do país.
O principal efeito disso está na classificação da Série B. Agora, já depois da primeira rodada do returno, a Ponte Preta ocupa a vice-liderança e já deslumbra sua volta à divisão de elite, onde está o grande rival, o Guarani.
Além da melhora nos resultados, o que mais mudou na Ponte Preta foi justamente o que muitos treinadores dizem ser a primeira missão da profissão: arrumar a defesa.
Depois da paralisação do Mundial, o time de Jorginho passou a levar, em média, só 0,46 por jogo. Antes da competição de seleções nacionais, o número era de 1,43.

TESTES
Durante a pausa da Copa, Jorginho fez uma série de jogos-treinos contra times do interior paulista. Segundo ele, esses partidas tinham como principal função dar ritmo de jogo a atletas que não vinham sendo utilizados, mas que estavam nos planos do treinador para o pós-Mundial da África do Sul.
Ele também aproveitou o tempo livre para testar jogadores do time júnior.
Além da dedicação de seus treinadores, Palmeiras e Ponte Preta estão em lados opostos em relação a outro assunto durante a pausa do Mundial sul-africano.
O time interiorano, a pedido de Jorginho, aproveitou para reformar o gramado do estádio Moisés Lucarelli.
Já o Palmeiras, mesmo sem começar as reformas que vão ampliar o estádio do Parque Antarctica, deixou de lado sua arena para adotar o Pacaembu como casa, o que deve acontecer por pelo menos dois anos.


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