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São Paulo, quinta-feira, 09 de outubro de 2003

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Lua-de-mel dura só 16 minutos

DA REPORTAGEM LOCAL

A lua-de-mel durou apenas 16 minutos. Foi o suficiente para o estilo de Júnior provocar as primeiras reclamações da torcida do Corinthians no Pacaembu.
Impassível, o técnico começou a partida sentado. Quando resolveu se levantar, passou a ficar apoiado na cobertura do banco de reservas ou simplesmente com as mãos nos bolsos. Calado.
Na etapa inicial, apesar do péssimo futebol corintiano, apenas cinco vezes gritou com a equipe, uma delas justamente no início da jogada do primeiro gol do São Caetano. E gerou protestos das numeradas do Pacaembu.
"Júnior, tira a mão do bolso, meu!", gritou um torcedor, das numeradas. "Dá um esporro nesses pernas-de-pau", exigiu outro no segundo tempo, quando seu time já perdia por 2 a 0.
Mas Júnior, que interrompera a carreira de técnico em 1997, após passagem pelo Flamengo, continuou de boca fechada.
Seu comportamento contrastava com o de Tite. Mesmo com a vitória, o técnico da equipe do ABC não parava de gesticular e gritar com seus jogadores.
Apenas aos 20min da fase final Júnior conseguiu levantar a torcida. A seu favor. Foi quando tirou Jamelli, um dos jogadores mais criticados pelos corintianos, e colocou Bobô em seu lugar. O estádio vibrou como se fosse gol.
Mas, depois do terceiro gol do São Caetano, Júnior foi esquecido. A ira da torcida voltou-se para Antonio Roque Citadini, vice-presidente de futebol, cuja saída do cargo voltou a ser pedida, especialmente pela Gaviões da Fiel, a maior organizada do clube.
Segundo a assessoria de imprensa do Corinthians, o dirigente não compareceu ao Pacaembu.
Já Rivellino, novo diretor técnico, que saiu do clube escorraçado pela torcida em 1974, quando jogador, foi perdoado pela uniformizada apesar do revés de ontem. Teve seu nome gritado por ela antes e depois do jogo. (JCA E RP)


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