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Lua-de-mel dura só 16 minutos
DA REPORTAGEM LOCAL
A lua-de-mel durou apenas 16
minutos. Foi o suficiente para o
estilo de Júnior provocar as primeiras reclamações da torcida do
Corinthians no Pacaembu.
Impassível, o técnico começou a
partida sentado. Quando resolveu
se levantar, passou a ficar apoiado
na cobertura do banco de reservas
ou simplesmente com as mãos
nos bolsos. Calado.
Na etapa inicial, apesar do péssimo futebol corintiano, apenas
cinco vezes gritou com a equipe,
uma delas justamente no início da
jogada do primeiro gol do São
Caetano. E gerou protestos das
numeradas do Pacaembu.
"Júnior, tira a mão do bolso,
meu!", gritou um torcedor, das
numeradas. "Dá um esporro nesses pernas-de-pau", exigiu outro
no segundo tempo, quando seu time já perdia por 2 a 0.
Mas Júnior, que interrompera a
carreira de técnico em 1997, após
passagem pelo Flamengo, continuou de boca fechada.
Seu comportamento contrastava com o de Tite. Mesmo com a
vitória, o técnico da equipe do
ABC não parava de gesticular e
gritar com seus jogadores.
Apenas aos 20min da fase final
Júnior conseguiu levantar a torcida. A seu favor. Foi quando tirou
Jamelli, um dos jogadores mais
criticados pelos corintianos, e colocou Bobô em seu lugar. O estádio vibrou como se fosse gol.
Mas, depois do terceiro gol do
São Caetano, Júnior foi esquecido. A ira da torcida voltou-se para
Antonio Roque Citadini, vice-presidente de futebol, cuja saída
do cargo voltou a ser pedida, especialmente pela Gaviões da Fiel,
a maior organizada do clube.
Segundo a assessoria de imprensa do Corinthians, o dirigente não compareceu ao Pacaembu.
Já Rivellino, novo diretor técnico, que saiu do clube escorraçado
pela torcida em 1974, quando jogador, foi perdoado pela uniformizada apesar do revés de ontem.
Teve seu nome gritado por ela antes e depois do jogo.
(JCA E RP)
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