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Eu vi...
PEDRO LUIZ
especial para a Folha
A Copa de 42 foi a primeira que
realmente cobri. Em 38, trabalhava na rádio Triângulo Mineiro, de
Uberaba, e fazia um resumo do
Mundial da França com base na
narração de Galeano Neto, único
brasileiro que narrou a Copa.
No Mundial de 42, estava na rádio Tupi, de São Paulo. Fazia quase tudo sozinho, pois nem sempre
havia técnicos. Por vezes, também
não tinham comentaristas. Como
não havia ainda a TV, o rádio era o
grande veículo de comunicação.
Naqueles tempos, a Argentina e
a Itália tinham as seleções mais
fortes. Os argentinos eram os
grandes favoritos
em 42. O Brasil
também possuía
grande time, mas
corria por fora.
Zizinho era completo. Na minha
opinião, foi o melhor jogador brasileiro depois de Pelé.
Na Copa do Mundo de 46, passei
a narrar para a Panamericana,
mesma rádio que trabalhei nos
Mundiais de 50 e 54.
A Argentina seguia com o melhor time. A rivalidade com o Brasil era maior do que hoje. Em jogo
em Buenos Aires, em 46, eles venceram por 2 a 0 e tive que sair bem
depois do jogo para não apanhar.
Jogadores como Pedernera, que
depois foram brilhar no Millonarios, da Colômbia, se destacaram.
Pedro Luiz, 78, foi locutor, comentarista e diretor de rádio e TV. Trabalhou em todas as Copas
desde 1938 e ganhou dez troféus Roquete Pinto
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