São Paulo, domingo, 9 de novembro de 1997.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Eu vi...

PEDRO LUIZ
especial para a Folha

A Copa de 42 foi a primeira que realmente cobri. Em 38, trabalhava na rádio Triângulo Mineiro, de Uberaba, e fazia um resumo do Mundial da França com base na narração de Galeano Neto, único brasileiro que narrou a Copa.
No Mundial de 42, estava na rádio Tupi, de São Paulo. Fazia quase tudo sozinho, pois nem sempre havia técnicos. Por vezes, também não tinham comentaristas. Como não havia ainda a TV, o rádio era o grande veículo de comunicação.
Naqueles tempos, a Argentina e a Itália tinham as seleções mais fortes. Os argentinos eram os grandes favoritos em 42. O Brasil também possuía grande time, mas corria por fora.
Zizinho era completo. Na minha opinião, foi o melhor jogador brasileiro depois de Pelé.
Na Copa do Mundo de 46, passei a narrar para a Panamericana, mesma rádio que trabalhei nos Mundiais de 50 e 54.
A Argentina seguia com o melhor time. A rivalidade com o Brasil era maior do que hoje. Em jogo em Buenos Aires, em 46, eles venceram por 2 a 0 e tive que sair bem depois do jogo para não apanhar. Jogadores como Pedernera, que depois foram brilhar no Millonarios, da Colômbia, se destacaram.


Pedro Luiz, 78, foi locutor, comentarista e diretor de rádio e TV. Trabalhou em todas as Copas desde 1938 e ganhou dez troféus Roquete Pinto


Texto Anterior | Próximo Texto | Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.