São Paulo, Quinta-feira, 09 de Dezembro de 1999


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

AÇÃO
(Só) pros manos?

CARLOS SARLI

O surfe está entre os esportes que mais deu filhotes. Na água salgada ou doce, no ar, na neve, na areia ou no asfalto, milhões de praticantes de esportes de prancha se espalham pelo mundo. O primogênito é o skate.
Facilitado por ser o menos dependente das interferências climáticas, ter custo acessível e poder ser praticado em qualquer lugar que ofereça alguns metros quadrados de superfície lisa, o skate está entre os que atrai o maior número de praticantes.
Num país eminentemente urbano como o nosso, o esporte tem enorme potencial. Acrescente um elemento decisivo, ídolos, e o skate deveria estar, próximo de bundas, futebol e cerveja, entre as preferências nacionais.
Lincoln Ueda, Rodil "Ferrugem" de Araújo, Bob Burnquist são alguns dos Gugas do skate. Estão entre os melhores do mundo, têm produtos comercializados com suas grifes nos EUA e Europa, e chegam a fazer mais sucesso lá que cá. Apesar de tantos fatores favoráveis e quase três décadas de história no país, o skate continua no gueto.
Poucos sabem, mas começa hoje, no ginásio do Ibirapuera, a última etapa do Circuito Mundial de skate. Patrocinado e apoiado exclusivamente por empresas do setor, o evento depende de pessoas do meio para vingar.
Em sua segunda edição, são esperados mais estrangeiros que no ano passado. A prova valerá como seletiva para os X-Games, mas dificilmente interferirá nas primeiras colocações dos rankings da WCS. Na categoria street, o virtual campeão é Pat Channita, que, caso Rick McCrank venha, precisa só competir no Brasil para garantir o título; na vertical, o líder Andy Macdonald e o vice-líder Bucky Lasek não devem vir, deixando o primeiro como campeão.
O skate é um grande esporte e pode também ser um grande mercado. Mas enquanto for trabalhado amadoristicamente, irá continuar exportando talentos que só os manos conhecem.

NOTAS

Eco-Challenge
As primeiras colocadas entre as 52 equipes mistas já completaram a prova, em disputa na Patagônia (Argentina). Entre estresse físico e psicológico, uma história de amor. Ian Adamson, único homem, pediu via e-mail sua namorada Carly, nos EUA, em casamento. Aceita a proposta, Ian só soube da resposta na linha de chegada. Foi o quarto.

WQS
Em ondas de até cinco metros, em Sunset (Havaí), os brasileiros estão bem na última etapa do ranking de acesso. Yuri Sodré precisava passar uma bateria para garantir a vaga no WCT. Teco Padaratz, já fora da prova, só perderia o título do circuito, o inédito bicampeonato, caso Peterson Rosa chegasse à semifinal, ou Fábio Gouveia, que já eliminou Kelly Slater e Mark Occhilupo do campeonato, ficasse entre os dois primeiros. De qualquer forma, o título do WQS será mais uma vez do Brasil.


Texto Anterior: Soninha: Espertos no bom sentido
Próximo Texto: Futebol: São Paulo ignora punição a Edmílson
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.