São Paulo, sábado, 10 de janeiro de 2004

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Sem vestibular, time feminino vai a Atenas

DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção feminina não precisará passar pelo "vestibular" para disputar a Olimpíada de Atenas.
Como a confederação sul-americana decidiu cancelar o Pré-Olímpico da América do Sul, o Brasil foi escolhido como único representante do continente nos Jogos. Suas credenciais foram as conquistas do Pan-Americano de Santo Domingo e do Sul-Americano, no ano passado.
A equipe masculina está disputando o classificatório no Chile. Os dois primeiros colocados carimbam passaporte para a Grécia.
A Conmebol cancelou a organização da competição feminina por falta de dinheiro e de seleções competitivas interessadas.
A CBF confirmou ontem a classificação brasileira. Segundo sua assessoria, a entidade já sabia que Pré-Olímpico não aconteceria.
O supervisor da seleção, Paulo Dutra, estava planejando a preparação da equipe para este ano sem levar em conta a competição.
O Comitê Olímpico Brasileiro aguardava apenas um documento da Fifa para somar o time aos atletas que já carimbaram o passaporte para os Jogos da Grécia.
Esta será a terceira participação de uma seleção feminina brasileira de futebol em Olimpíadas.
Nas duas anteriores, Atlanta-1996 e Sydney-2000, o Brasil caiu na disputa pelo bronze.
No ano passado, os títulos que a equipe conquistou e que a credenciaram para jogar em Atenas foram ofuscados por duas polêmicas. Em agosto, por indicação da CBF, o técnico Paulo Gonçalves convocou Milene. A presença da ex-mulher de Ronaldo, fora de forma, revoltou as atletas.
O maior problema, porém, ocorreu durante a preparação para o Mundial dos EUA.
Insatisfeitas com o sistema de trabalho da comissão técnica, as jogadoras criticaram Gonçalves e chegaram a pedir uma reunião para questionar os poucos treinos e a indefinição com relação ao esquema tático do time.
Na competição norte-americana, o Brasil caiu nas quartas-de-final diante da Suécia.
O resultado não deixou a CBF satisfeita, e o treinador ficou com sua situação indefinida.


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