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Afeganistão busca força em exilados
DA REPORTAGEM LOCAL
Arrasado pelos dez anos de
ocupação soviética no país e pelo
regime seguinte, o do Taleban, o
esporte do Afeganistão deposita
na Olimpíada de Atenas a esperança de exibir sua ressurreição.
Diferentemente do Iraque, porém, a nação já deu importantes
passos no caminho da reconstrução esportiva e exibe fôlego para
enviar uma das maiores delegações de sua história para a Grécia.
"Teremos representantes no
atletismo, boxe, luta greco-romana e taek-won-do. Ainda não é
possível precisar o número, mas
serão entre oito e 12 competidores", contou à Folha Stig Traavik,
um dos principais conselheiro do
Comitê Olímpico Afegão.
A entidade foi reativada em
2003 e tem sede em Cabul, capital
do país. Só que não gerencia sozinha o esporte local. A 11.160 km
dali, nas cercanias de Washington, nos EUA, outra organização
auxilia na preparação de atletas
para os próximos Jogos.
É a Federação Afegã de Esportes, que cuida basicamente dos
afegãos radicados no exterior.
"Fazemos um trabalho conjunto
com o comitê do Afeganistão e temos obtido ótimos progressos.
Acredito que daqui a alguns anos
poderemos até falar em medalhas", afirmou Ajmal Ghani, presidente da instituição.
O Afeganistão disputou sua primeira Olimpíada em Berlim-1936
e jamais conseguiu subir ao pódio. Em 1998, por causa do Taleban, o COI suspendeu o comitê
olímpico do país e não permitiu a
participação de nenhum de seus
esportistas em Sydney-2000
(GR)
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