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São Paulo, segunda-feira, 10 de fevereiro de 2003

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FUTEBOL

Maurício, da Santista, defendeu as cobranças de Ricardinho e de Kaká

São Paulo desperdiça dois pênaltis, empata e é vaiado

Eduardo Knapp/Folha Imagem
Maurício, da Portuguesa Santista, que defendeu duas cobranças de pênalti na partidas de ontem


MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo sofreu, saiu do Morumbi ontem com um empate e consciente de que a Portuguesa Santista não é uma "farsa".
O 1 a 1 não foi o único mau resultado para os são-paulinos, que ontem assistiram ao goleiro Maurício, ex- Corinthians, defender dois pênaltis e uma série de outros chutes dos são-paulinos.
Com a virada do Santo André contra o Juventus, o time de Oswaldo de Oliveira, que voltou a ter seu trabalho questionado pela torcida, está empatado com outros dois times com sete pontos ganhos -o próprio time do ABC e a Santista. Com ainda outro agravante: tem um jogo a mais do que seus concorrentes diretos a uma vaga na próxima fase do Campeonato Paulista.
Na partida da volta de Reinaldo, que estava sem jogar desde novembro, quem brilhou foram os loiros platinados da Santista e o goleiro Maurício. "Se a gente estivesse jogando até agora, não estaríamos ganhando. Não era o nosso dia", disse o atacante, que saiu no segundo tempo para dar a vaga ao estreante Itamar, vinte minutos depois do apito final.
Nem Kaká, apesar ter marcado o gol de empate no final do segundo tempo, nem Ricardinho e o resto dos talentos são-paulinos conseguiram dar mais trabalhos as adversários do que o trio oxigenado Rico, Souza e Elizeu.
Com um gol de falta "a la Zico", como Souza batizou seu tento, o time de Pepe, que até ontem tinha 100% de aproveitamento de pontos, fez em campo o que prometeu antes do jogo: "Viemos para assustar, pelo menos", dizia o técnico antes do apito da juíza Silvia Regina de Oliveira.
Depois, Pepe festejou a proeza de seus comandados. "Acho que foi bom. Este ponto vai nos ajudar e vai fazer falta para eles. O São Paulo entrou em campo já preocupado com o Santos, do qual ultimamente tem sido um grande freguês, e nós quase o atropelamos", afirmou.
Do lado são-paulino, que esteve melhor no primeiro tempo até tomar o gol aos 22min, e que bombardeou o gol de Maurício no segundo até conseguir o empate com Kaká aos 37min, o empate foi, pelo menos, um alívio.
Maldonado saiu de campo enaltecendo os feitos do goleiro rival e aceitando as vaias que vinham das arquibancadas.
"As vaias são justas. Todos viram o que a Portuguesa Santista fez. Tentamos [o gol" por todos os lados, mas não conseguimos", disse o volante.
E até que o São Paulo realmente tentou, mas Maurício, que sentiu como Dida, esteve muito bem. Depois de ver seu colega Souza abrir o placar, ele foi duas vezes testado cara a cara. Dois pênaltis. Duas defesas. Os chutes de Ricardinho e Kaká, que chutaram rasteiro na sua direita e na sua esquerda respectivamente.
"Eu me lembrei dele [Dida". Foi uma façanha, como a que ele fez na semifinal do Brasileiro-99 [quando defendeu dois pênaltis cobrados por Raí"", disse.
Sábado, o São Paulo terá o clássico contra o Santos, na Vila. "A gente vai ter que jogar muita bola para ganhar. Precisamos muito ganhar", disse Reinaldo.



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