São Paulo, quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

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Pré-Olímpico rende raras negociações

SUB-20
Apesar de boatos, times europeus só compraram dois atletas


MARTÍN FERNANDEZ
ENVIADO ESPECIAL A AREQUIPA

O Sul-Americano sub-20 é uma grande vitrine e um balcão de negócios, mas o movimento tem sido bem fraco.
A competição, que está sendo disputada no Peru e termina no sábado, dá duas vagas para Londres-2012.
Os quatro melhores times vão ao Mundial da categoria, em julho, na Colômbia.
A contratação mais vultosa até agora foi a do meia-atacante argentino Juan Iturbe, 17, comprado pelo Porto por 3,5 milhões (aproximadamente R$ 8 milhões).
O "novo Messi" pertencia ao Cerro Porteño, do Paraguai, e estava emprestado ao Quilmes, da Argentina.
Iturbe marcou só três gols no Sul-Americano, mas chama a atenção pela técnica.
O meia venezuelano Yohandry Orozco, 19, foi comprado pelo Wolfsburg, da Alemanha. O time pagou € 1,25 milhão (quase R$ 3 milhões) para o FC Zulia.
Exceto por essas duas negociações, o Sul-Americano tem sido muito mais uma grande central de boatos.
Iturbe, por exemplo, foi "vendido" ao Manchester United, ao Barcelona e ao Real Madrid antes de ser negociado com os portugueses.
Com os brasileiros não é diferente. A cada dia, atletas como Neymar, Lucas e Casemiro têm seus nomes vinculados a um novo clube grande do futebol europeu.
Os garotos que disputam a competição no Peru estão cercados por empresários e parentes que atuam como agentes. A intenção, dizem, é justamente "proteger" os jogadores de especulações.
A maioria deles já chegou ao Sul-Americano devidamente amarrada a seus clubes, com contratos longos e multas rescisórias vultosas.
É o caso dos atacantes Neymar e Diego Maurício, por exemplo. O astro do Santos tem uma multa de R$ 100 milhões. A do flamenguista chega a R$ 80 milhões.
Os olheiros europeus que frequentam as partidas não gostam de dar entrevistas. Assistem aos jogos da forma mais discreta possível, calados, fazendo anotações.
Informalmente, dizem que não viajaram até o Peru para contratar ninguém, mas para saber como os atletas se comportam sob a pressão de um torneio internacional com um nível relativamente alto.
Na madrugada de hoje, após o fechamento desta edição, o Brasil enfrentaria o Equador, em Arequipa, logo após o clássico envolvendo Argentina e Uruguai.


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