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O PERSONAGEM
Kuerten retorna para casa de ônibus
do enviado a Ribeirão Preto
Gustavo Kuerten, 20, vai retomar os treinos depois de amanhã, visando a disputa de cinco
torneios do circuito profissional
nos EUA. Ele embarca na quinta-feira para uma temporada de
cinco semanas de jogos.
Depois de participar de três
partidas da Davis, duas de simples e uma de duplas, com duração total de mais de nove horas,
o catarinense Kuerten voltou
para casa em Florianópolis, Santa Catarina, de ônibus.
Na viagem, de 15 horas, estaria
ao lado da mãe e de amigos. Eles
fretaram um ônibus com capacidade para 33 pessoas, mas o
grupo somava 34.
``Vamos ter que revezar para
ele poder sentar'' , disse Alice
Kuerten, mãe do tenista.
A seguir, leia os principais trechos da entrevista a Folha.
Folha - Que análise você faz da
sua atuação na Copa Davis ?
Gustavo Kuerten - Acho que
fui bem. Sou um tenista jovem,
estou ficando conhecido pouco
a pouco. Esses jogos me ajudaram a ver que estou me aproximando de um bom nível de jogo.
Folha - E com relação ao jogo
contra o Courier?
Kuerten - Teve um momento, a partir do segundo set, que
eu me desconcentrei. Pirei. Só
depois, no terceiro set, com o
apoio da torcida é que eu consegui voltar ao normal e equilibrar
a partida.
Folha - Quais são seus objetivos para esta temporada?
Kuerten - Pretendo acumular pontos para ficar entre os 50
ou 60 melhores do mundo. Se
conseguir, já vai ser muito bom.
Folha - Qual a vantagem de
atuar com apoio da torcida contra um jogador que já foi número um do mundo, o Courier?
Kuerten - A torcida é fundamental porque mexe muito com
você. Mas, às vezes, um cara
desses (Courier) está tão acostumado a ganhar que ele força todas e tem certeza que vai dar certo. Se você ficar nervoso, aí não
tem jeito, o cara deita e rola.
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