São Paulo, terça, 10 de fevereiro de 1998

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Clube tem perfil conservador

da Sucursal do Rio

O contrato entre Vasco e NationsBank celebra uma união improvável: um dos maiores bancos do mundo, com investimentos no esporte dos EUA, com um clube caracterizado nas últimas décadas por um perfil conservador, avesso a parcerias com empresas.
Nenhum negócio poderia marcar de modo tão forte no Brasil o avanço da profissionalização dos clubes e a transformação do futebol num mercado milionário.
Se o Vasco, ícone da chamada gestão amadora, se une ao Nations, dificilmente algum grande clube resistirá à estrutura deficitária que castiga o futebol.
O Vasco não está virando um clube-empresa. O banco não negociará jogadores ou discutirá a contratação de técnicos.
Mas ganhou um sócio e agenciador para todos os contratos com publicidade, como as rentáveis placas em torno do campo. É mais um episódio da contraditória história vascaína.
Salto
Em 1898, o Vasco nasceu conservador como quase todos os clubes de imigrantes -no caso, portugueses.
Em 23, revolucionou o futebol ao ser campeão com um time com jogadores negros, até então barrados num futebol elitista e racista.
Progressivamente, voltou às origens, sem ousadias rebeldes. Durante quase todo o tempo, foi um exemplo de administração e sem desvarios financeiros. Agora, prepara o salto empresarial. (MM e SR)



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