São Paulo, sábado, 10 de março de 2001

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Cinema propaga esportes no país

DA REPORTAGEM LOCAL

Tanto no skate como no surfe, os filmes e, mais recentemente, os vídeos foram fundamentais para a disseminação e para a evolução da técnica dos praticantes.
A década de 60 foi marcada pelo crescimento da participação dos dois esportes no cinema. No Brasil, os primeiros filmes eram vistos como a melhor fonte de informação para que ensaiava os primeiros movimentos.
De acordo com o carioca Rico de Souza, uma das lendas do surfe nacional, "os filmes eram o único jeito de se conhecer mais sobre o esporte". Souza disse lembrar-se de que um dos primeiros filmes de surfe que ele assistiu chamava-se "Mar Raivoso".
"Foi em 1964 ou 1965, e quem levasse uma prancha não pagava entrada", completou o carioca, depois de afirmar que assistiu a todas as sessões da estréia.
Porém o primeiro filme sobre surfe a se tornar famoso mundialmente foi criado em 1966 pelo norte-americano Bruce Brown.
Acompanhado dos surfistas Robert August e Mike Henson, Brown saiu à procura de ondas perfeitas por vários continentes e, ao retornar aos Estados Unidos, criou o primeiro documentário que conseguiu expor a beleza e o prazer do surfe a uma audiência de fora do esporte: o "Endless Summer", que é considerado um marco na história do surfe.
No skate, os mais influentes filmes e vídeos foram lançados na década de 80, quando Stacy Peralta, diretor premiado no último Festival de Sundance, nos Estados Unidos, com seu documentário "Dogtown & Z-Boys", definiu o padrão usado nos vídeos de skate criados nos últimos 15 anos.
Na época, Peralta era sócio da extinta Powell-Peralta -hoje em dia a tradicional empresa mantém somente o primeiro nome- e, em 1984, produziu o vídeo "Bones Brigade", que, entre outros skatistas, reunia Tony Hawk e Rodney Mullen, os maiores nomes das principais categorias na década de 80: o vertical e o freestyle, respectivamente. (VV)


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