São Paulo, domingo, 10 de março de 2002

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PAINEL FC


Caravana...
Depois do encontro em Mato Grosso, os presidentes de federações estaduais já decidiram. Vão se reunir novamente na próxima parada da seleção, em Fortaleza, no dia 27. Querem acertar os últimos ponteiros para tentar barrar as ligas.

...da alegria
O curioso é que, de acordo com os próprios dirigentes, é a CBF quem paga as despesas de viagem e hospedagem dos cartolas. Ou seja, indiretamente, a entidade está financiando o motim das federações.

Tiro no pé
O governador Dante de Oliveira (MT) e o senador Antero Paes de Barros, pré-candidato ao governo do Estado, podem ver o tiro sair pela culatra. Aproveitaram o jogo do Brasil contra a fraca seleção islandesa como palanque eleitoral. Mas, pela reação da torcida no Verdão, a imagem dos tucanos só fez piorar.

Livres
Garantidos na Copa, Rivaldo e Roberto Carlos farão propaganda para a Pepsi tendo o Mundial como tema. Mas, ao contrário do que aconteceu com Romário, que também é patrocinado por concorrente do guaraná Antarctica, não serão atingidos pelo tititi que se formou em torno da suposta influência da guerra dos refrigerantes na seleção.

Fôlego
Paulo César, lateral-esquerdo do Fluminense e da seleção, viveu uma maratona para ver o nascimento de sua filha após o jogo contra a Islândia. Ele pegou avião em Cuiabá às 3h30, chegou às 7h em São Paulo e foi direto para a maternidade. Caroline nasceu às 10h35. No final da tarde, foi para o Rio, para se concentrar com o time.

Sorriso verde
O volante Claudecir surpreendeu seus colegas de trabalho ao aparecer no clube com um aparelho dentário verde. Contratado pelo Palmeiras no ano passado, ele vem tentando se firmar no time de Luxemburgo. ""Coloquei aparelho verde para me identificar com o clube", disse o ex-jogador do São Caetano.

Sinal amarelo
A decisão do juiz Glener Pimenta Sttropa, que considerou direito de imagem como salário do jogador Luizão, deixou em polvorosa dirigentes pelo país inteiro. Vários acionaram o Clube dos 13. Temem que, se isso se tornar jurisprudência, haverá mais uma avalanche de ações.

A vez do leão
No Brasil, alguns clubes -e atletas- utilizam o artifício para sonegar imposto. Com o período de vacas magras, alguns times têm atrasado em até seis meses o pagamento de direito de imagem. E podem começar a perder o que consideram seu maior patrimônio: os jogadores.

Ofensa
Ramon só aceita voltar a jogar pelo Atlético-MG se o técnico Levir Culpi se retratar publicamente por tê-lo chamado de ""QI de alface". O recado foi dado pelo advogado do meia durante audiência na Justiça do Trabalho, em BH, anteontem.

Tartaruga
Mais uma semana passou, e os atletas das seleções olímpicas ainda não viram o dinheiro da verba da Lei Piva, referente às loterias. Desta vez, a justificativa foi a necessidade de uma reunião para explicar os contratos entre atletas e confederações, realizada na quinta-feira.

Pressão...
A Federação Mineira de Basquete já iniciou lobby na CBB para conseguir definitivamente mais uma vaga para o Estado no Nacional masculino de 2003. Unit/Uberlândia e Universo-Minas seriam os dois prováveis representantes mineiros na competição.

...mineira
O Minas quer definir logo a situação. A diretoria do clube deve receber patrocínio da Telemig Celular, que já investe no vôlei masculino, para sua equipe de basquete. Mas, para isso, precisa viabilizar logo sua vaga no Nacional do ano que vem.
E-mail: painelfc.folha@uol.com.br


DIVIDIDA
Do senador Álvaro Dias (PDT-PR), sobre Carlos Melles (PFL-MG) ter saído do Ministério do Esporte sem a edição do prometida medida provisória:
- Daqui por diante, o governo será responsável pelos eventuais escândalos no futebol. A minha preocupação é que, quando se trata de enfrentar a corrupção, o governo afrouxa.


CONTRA-ATAQUE
Centopéia

Não são só os atletas que esperam ansiosamente pela lista de 23 jogadores que vão à Copa. Os jornalistas disputam jogador a jogador para ter acesso a uma informação que indique alguns dos selecionáveis.
Luiz Felipe Scolari avisou que o amistoso contra a Islândia seria o último teste para os atletas que atuam no Brasil. Motivo para que as entrevistas fossem recheadas de especulações sobre as chances de cada um estar na lista do vôo para a Coréia do Sul em maio próximo.
As repostas eram sempre as mesmas. "Estou fazendo o meu trabalho", "o professor conhece o meu futebol", " ainda não posso dizer que estou garantido".
As perguntas, que tratavam do mesmo assunto, ganharam versões rebuscadas, a fim de induzir os entrevistados a contar "um furo".
Foi quando um radialista chegou perto do volante Kleberson, do Atlético-PR, e soltou:
- De um a dez, com quantos pés você está na Copa do Mundo?, perguntou.
O jogador pensou, pensou, e não respondeu.


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