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VÔLEI
CBV faz reunião para seleção e clubes testarem plano de tricampeão mundial
Brasil faz uniformização à italiana
EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL
O Brasil dá os primeiros passos
hoje rumo à uniformização dos
métodos das seleções brasileiras e
dos principais clubes nacionais.
Tal iniciativa foi inspirada na
Itália, país tricampeão mundial,
um título que ainda falta ao Brasil.
A Confederação Brasileira de
Vôlei realiza a partir das 15h o primeiro Encontro de Preparação
Física aplicado ao vôlei, no Rio.
Participam 35 representantes
dos 20 clubes que disputam da
Superliga feminina e masculina.
O treinador da seleção brasileira
masculina, Bernardo Rezende, o
Bernardinho, admite que tem planos de organizar um evento semelhante, mas reunindo técnicos.
"A idéia é promover uma reunião [de técnicos", mas na hora
certa. Quando assumi a seleção,
não pude propor pois tinha gente
que ainda me via com suspeita.
Mas, agora, a Superliga está em
andamento", explica Bernardinho. ""De todo modo, isso já acontece de forma informal. Quase todas as equipes hoje forçam o saque [a exemplo do que faz a seleção", o que não ocorria antes."
A reunião dos preparadores físicos, que ocorre hoje -e que deve ocorrer três vezes ao ano-, foi
inspirada na prática dos italianos.
"A idéia surgiu de uma conversa
que tive no início do ano com o
Nalbert e o Marcelo Negrão, que
jogaram na Itália [no Macerata e
no Piaggio/Roma". Foi quando
eles perguntaram por que não fazíamos igual", diz José Inácio Salles, preparador físico da CBV.
Segundo Nalbert, a uniformização foi adotada na Itália no período em que a seleção nacional foi
comandada pelo argentino naturalizado italiano Julio Velasco,
que transformou o país em uma
potência do vôlei masculino. Entre 1989 e 1996, o time ganhou 15
títulos, entre os quais o bi mundial e o penta na Liga Mundial.
"O Velasco convenceu os clubes
de que o que era bom para a seleção era bom para eles e vice-versa.
Não é bom para o atleta conviver
com preparações e táticas diferentes nos times e na seleção. A
gente [jogadores] deixa de atingir
o nível mais alto", afirma Nalbert.
"O encontro entre preparadores
não vai servir para a CBV impor, a
seleção não é referência. Não temos a solução para todos os problemas. Nos clubes, alguém pode
ter uma solução melhor para determinada questão. Mas é fácil entender que com a integração, o
produto tende a crescer", analisa
Salles, ao confirmar que um encontro também entre treinadores
tem sido cogitado pela CBV.
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