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São Paulo, segunda-feira, 10 de março de 2003

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Triunfo contra a Portuguesa Santista ocorre graças a pênalti polêmico

Apático, São Paulo obtém vitória, vaga e vantagem

Antônio Gaudério/Folha Imagem
O atacante Luís Fabiano, do São Paulo, sofre marcação do volante Adriano, da Portuguesa Santista, na semifinal do Paulista, ontem


LÚCIO RIBEIRO
PAULO GALDIERI
ENVIADOS ESPECIAIS A SANTOS

Respaldado pela goleada na primeira partida das semifinais, o time do São Paulo deu uma esticada até o litoral para buscar a vantagem de jogar por dois resultados iguais na final do Paulista-2003, contra o Corinthians.
A equipe de Oswaldo de Oliveira, depois de bater fácil a Portuguesa Santista por 5 a 0 quinta-feira no Morumbi, ratificou a vaga de finalista ontem de manhã vencendo novamente o time santista na Vila Belmiro, desta vez com um 1 a 0 magro e polêmico.
A vitória veio de um pênalti do goleiro Maurício sobre o atacante Reinaldo, que rendeu interpretações variadas, expulsão do camisa 1 santista e uma confusão de seis minutos até a conversão da infração em gol, por Luís Fabiano, agora o vice-artilheiro isolado do campeonato com seis gols.
O jogo da manhã quente de domingo teve mesmo caráter de passeio para a equipe são-paulina. Pouco inspirados, os jogadores do time da capital se escoraram no calor -porém sem sol forte- para justificar a má performance, faltosa e de elevado número de passes errados.
Quando a partida contra a Santista acabou, o São Paulo havia contabilizado 34 faltas, quando sua média no campeonato é de 27 por jogo. Os 41 passes errados de ontem, 14% da produção são-paulina, inflacionaram a média negativa da equipe no torneio, que agora está nos 10,9%.
"O 5 a 0 da primeira partida nos atrapalhou um pouco hoje", disse o goleiro Rogério, procurando explicar a má atuação.
"É preciso ficar claro que não vamos dar espetáculo todo dia", emendou Oswaldo de Oliveira.
No jogo, o São Paulo esboçou de início uma marcação sobre pressão na Santista, que trajada toda de branco lembrava o verdadeiro dono da "casa", o Santos.
Mas, desarticulado e sentindo falta do meia Ricardinho, suspenso, o time logo trocou a tal forte marcação por uma pegada frouxa. Kaká, o principal jogador são-paulino, não conseguia emplacar suas famosas arrancadas rumo ao gol e, a certa hora, chegou a levar um tombo de costas no meio-campo, ao cair sozinho.
A primeira bola chutada pelo São Paulo no gol de Maurício só veio aos 33min, quando Júlio Baptista cobrou falta sem muito perigo. Aos 40min, a torcida tricolor chegou a pedir "raça" ao time.
O segundo tempo foi um pouco mais animado, muito por conta da polêmica. Aos 10min, em um contra-ataque da Santista, o lateral Nelsinho, driblou o zagueiro Régis dentro da área e caiu. O time local pediu pênalti, alegando que o são-paulino brecou a jogada puxando o pescoço do santista. O árbitro Rodrigo Martins Cintra não deu bola.
Aos 21min, Reinaldo aproveitou indecisão da defesa da Portuguesa e invadiu a área. O goleiro Maurício saiu do gol e mergulhou no chão para tentar interceptar a jogada do são-paulino, que mais rápido tocou primeiro na bola e caiu. Cintra marcou o pênalti.
Maurício, inconformado, deu um encontrão no árbitro, mostrando seu protesto pela marcação. Levou o cartão amarelo. Xingou. Levou o vermelho.
Do apito de pênalti à marcação do gol por Luís Fabiano passaram-se seis minutos.
Não bastasse a confusão formada na marcação da penalidade e a espera pela entrada do novo goleiro da Santista, o atacante são-paulino precisou bater a falta máxima três vezes, já que em duas delas o colega Kaká invadiu a área, invalidando o lance.
A partir daí, o passeio do São Paulo ao litoral só correu risco de ser estragado aos 46min, quando a bola apareceu na frente do atacante rival Marlon. O jogador da Portuguesa Santista, sem marcação e diante apenas de Rogério, chutou no travessão a vantagem corintiana nas finais.



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