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Triunfo contra a Portuguesa Santista ocorre graças a pênalti polêmico
Apático, São Paulo obtém vitória, vaga e vantagem
Antônio Gaudério/Folha Imagem
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O atacante Luís Fabiano, do São Paulo, sofre marcação do volante Adriano, da Portuguesa Santista, na semifinal do Paulista, ontem |
LÚCIO RIBEIRO
PAULO GALDIERI
ENVIADOS ESPECIAIS A SANTOS
Respaldado pela goleada na primeira partida das semifinais, o time do São Paulo deu uma esticada até o litoral para buscar a vantagem de jogar por dois resultados iguais na final do Paulista-2003, contra o Corinthians.
A equipe de Oswaldo de Oliveira, depois de bater fácil a Portuguesa Santista por 5 a 0 quinta-feira no Morumbi, ratificou a vaga
de finalista ontem de manhã vencendo novamente o time santista
na Vila Belmiro, desta vez com
um 1 a 0 magro e polêmico.
A vitória veio de um pênalti do
goleiro Maurício sobre o atacante
Reinaldo, que rendeu interpretações variadas, expulsão do camisa
1 santista e uma confusão de seis
minutos até a conversão da infração em gol, por Luís Fabiano, agora o vice-artilheiro isolado do
campeonato com seis gols.
O jogo da manhã quente de domingo teve mesmo caráter de
passeio para a equipe são-paulina. Pouco inspirados, os jogadores do time da capital se escoraram no calor -porém sem sol
forte- para justificar a má performance, faltosa e de elevado número de passes errados.
Quando a partida contra a Santista acabou, o São Paulo havia
contabilizado 34 faltas, quando
sua média no campeonato é de 27
por jogo. Os 41 passes errados de
ontem, 14% da produção são-paulina, inflacionaram a média
negativa da equipe no torneio,
que agora está nos 10,9%.
"O 5 a 0 da primeira partida nos
atrapalhou um pouco hoje", disse
o goleiro Rogério, procurando explicar a má atuação.
"É preciso ficar claro que não
vamos dar espetáculo todo dia",
emendou Oswaldo de Oliveira.
No jogo, o São Paulo esboçou de
início uma marcação sobre pressão na Santista, que trajada toda
de branco lembrava o verdadeiro
dono da "casa", o Santos.
Mas, desarticulado e sentindo
falta do meia Ricardinho, suspenso, o time logo trocou a tal forte
marcação por uma pegada frouxa. Kaká, o principal jogador são-paulino, não conseguia emplacar
suas famosas arrancadas rumo ao
gol e, a certa hora, chegou a levar
um tombo de costas no meio-campo, ao cair sozinho.
A primeira bola chutada pelo
São Paulo no gol de Maurício só
veio aos 33min, quando Júlio
Baptista cobrou falta sem muito
perigo. Aos 40min, a torcida tricolor chegou a pedir "raça" ao time.
O segundo tempo foi um pouco
mais animado, muito por conta
da polêmica. Aos 10min, em um
contra-ataque da Santista, o lateral Nelsinho, driblou o zagueiro
Régis dentro da área e caiu. O time local pediu pênalti, alegando
que o são-paulino brecou a jogada puxando o pescoço do santista.
O árbitro Rodrigo Martins Cintra
não deu bola.
Aos 21min, Reinaldo aproveitou indecisão da defesa da Portuguesa e invadiu a área. O goleiro
Maurício saiu do gol e mergulhou
no chão para tentar interceptar a
jogada do são-paulino, que mais
rápido tocou primeiro na bola e
caiu. Cintra marcou o pênalti.
Maurício, inconformado, deu
um encontrão no árbitro, mostrando seu protesto pela marcação. Levou o cartão amarelo. Xingou. Levou o vermelho.
Do apito de pênalti à marcação
do gol por Luís Fabiano passaram-se seis minutos.
Não bastasse a confusão formada na marcação da penalidade e a
espera pela entrada do novo goleiro da Santista, o atacante são-paulino precisou bater a falta máxima três vezes, já que em duas
delas o colega Kaká invadiu a
área, invalidando o lance.
A partir daí, o passeio do São
Paulo ao litoral só correu risco de
ser estragado aos 46min, quando
a bola apareceu na frente do atacante rival Marlon. O jogador da
Portuguesa Santista, sem marcação e diante apenas de Rogério,
chutou no travessão a vantagem
corintiana nas finais.
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