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VÔLEI
Tempos de decisão
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
A conteceu exatamente o
que você, eu e nós dois esperávamos: Suzano e Minas travaram uma verdadeira batalha no
primeiro jogo, da série melhor de
três, que decide uma vaga na semifinal da Superliga. Só o placar
já revela o que foi o confronto: 32
a 30 para o Suzano, de Ricardo
Navajas, no quinto set.
Depois de uma partida tão
equilibrada, decidida por dois
pontos no tie-break, fica difícil
analisar o que decidiu o resultado. Resta apontar os detalhes.
Mas o certo é que o Minas cometeu mais erros. Mais: no set decisivo, Marcelinho acertou a mão no
saque e o ataque de Suzano foi
um pouco mais eficiente.
O time mineiro perdeu, mas
não dá para não falar do atacante Douglas Cordeiro. Com 27 pontos, foi o maior pontuador do jogo, algo raro para um central. Para se ter uma idéia da sua eficiência, das 28 bolas que bateu, ele colocou 21 no chão. Uau! Ainda fez
seis pontos de bloqueio!
Na última coluna, havia citado
um pequeno favoritismo do time
mineiro nesse duelo. Errei. Amanhã, os dois times voltam a se enfrentar em Belo Horizonte. Volto
a apostar em uma vitória do Minas. Acho difícil esse confronto ser
decidido em apenas dois jogos,
embora o time de Navajas seja
bem valente.
Nas outras partidas, não houve
surpresas. Os times, donos das
melhores campanhas, venceram.
O Banespa derrotou o Bento Gonçalves, a Unisul passou pela Intelbrás e a Ulbra, com mais dificuldade, superou o Palmeiras. A tendência é que esses resultados se
repitam no segundo confronto.
No feminino, a surpresa foi a vitória de Macaé sobre Campos por
3 sets a 2. O Macaé montou um
paredão no bloqueio. Já o Minas,
de Fofão e Érika, passou fácil pelo
São José. O BCN/Osasco também
não deu chances ao Pinheiros.
Fora dos duelos, o destaque da
última semana foi um fato triste.
A atacante Jaqueline, eleita a melhor jogadora do último Mundial
juvenil, voltou a sofrer uma contusão séria. Durante um treino do
Osasco, ela foi bater uma bola na
saída de rede, caiu de mau jeito e
torceu o joelho esquerdo.
A nova cirurgia deverá ser feita
esta semana. O tempo estimado
de recuperação é de seis a oito
meses. Todo atleta se machuca,
faz parte da carreira. Mas o que
chama atenção nessa história é a
série de contusões seguidas e o
drama que essa menina, de apenas 19 anos, está vivendo.
Em junho do ano passado, ela
sofreu um problema vascular na
mão direita. Correu o risco até de
perder a mão. Por causa disso, a
jogadora não pôde disputar o
Grand Prix e nem o Mundial pela
seleção brasileira. Ficou três meses longe do vôlei.
Em setembro voltou a ser titular
do Osasco. No seu primeiro jogo,
uma nova contusão. Logo no primeiro set, torceu o joelho esquerdo e rompeu o ligamento. Fez
uma cirurgia e ficou quase seis
meses longe das quadras.
Agora que ela estava recomeçando a treinar, mais problemas.
Resta torcer para que Jaqueline
não desanime e tenha força para
lutar por mais uma recuperação.
A persistência também é uma
qualidade de campeões.
Italiano
O atacante Dante está com a bola toda no Italiano. Com 18 pontos assinalados, foi maior pontuador do Modena na vitória sobre o Treviso, por 3 a 0, na rodada do fim de semana. O Treviso, do russo Dineikine, é o líder do torneio e estava há nove jogos sem perder. O Modena divide a vice-liderança com o Macerata, que, desfalcado de Nalbert, derrotou o Milano por 3 a 1 e soma 17 vitórias e quatro derrotas.
Japonês
A NEC, do atacante Anderson, e o Suntory, de Gílson, enfrentam-se
na sexta-feira na primeira rodada da fase final do Campeonato Japonês. No sábado, a NEC pegará o Panasonic e o Suntory enfrentará o
JT. Os dois times com os melhores resultados decidem o título no domingo. Gílson é o maior pontuador do torneio.
E-mail cidasan@uol.com.br
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