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São Paulo, segunda-feira, 10 de março de 2003

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VÔLEI

Tempos de decisão

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

A conteceu exatamente o que você, eu e nós dois esperávamos: Suzano e Minas travaram uma verdadeira batalha no primeiro jogo, da série melhor de três, que decide uma vaga na semifinal da Superliga. Só o placar já revela o que foi o confronto: 32 a 30 para o Suzano, de Ricardo Navajas, no quinto set.
Depois de uma partida tão equilibrada, decidida por dois pontos no tie-break, fica difícil analisar o que decidiu o resultado. Resta apontar os detalhes. Mas o certo é que o Minas cometeu mais erros. Mais: no set decisivo, Marcelinho acertou a mão no saque e o ataque de Suzano foi um pouco mais eficiente.
O time mineiro perdeu, mas não dá para não falar do atacante Douglas Cordeiro. Com 27 pontos, foi o maior pontuador do jogo, algo raro para um central. Para se ter uma idéia da sua eficiência, das 28 bolas que bateu, ele colocou 21 no chão. Uau! Ainda fez seis pontos de bloqueio!
Na última coluna, havia citado um pequeno favoritismo do time mineiro nesse duelo. Errei. Amanhã, os dois times voltam a se enfrentar em Belo Horizonte. Volto a apostar em uma vitória do Minas. Acho difícil esse confronto ser decidido em apenas dois jogos, embora o time de Navajas seja bem valente.
Nas outras partidas, não houve surpresas. Os times, donos das melhores campanhas, venceram. O Banespa derrotou o Bento Gonçalves, a Unisul passou pela Intelbrás e a Ulbra, com mais dificuldade, superou o Palmeiras. A tendência é que esses resultados se repitam no segundo confronto.
No feminino, a surpresa foi a vitória de Macaé sobre Campos por 3 sets a 2. O Macaé montou um paredão no bloqueio. Já o Minas, de Fofão e Érika, passou fácil pelo São José. O BCN/Osasco também não deu chances ao Pinheiros.
Fora dos duelos, o destaque da última semana foi um fato triste. A atacante Jaqueline, eleita a melhor jogadora do último Mundial juvenil, voltou a sofrer uma contusão séria. Durante um treino do Osasco, ela foi bater uma bola na saída de rede, caiu de mau jeito e torceu o joelho esquerdo.
A nova cirurgia deverá ser feita esta semana. O tempo estimado de recuperação é de seis a oito meses. Todo atleta se machuca, faz parte da carreira. Mas o que chama atenção nessa história é a série de contusões seguidas e o drama que essa menina, de apenas 19 anos, está vivendo.
Em junho do ano passado, ela sofreu um problema vascular na mão direita. Correu o risco até de perder a mão. Por causa disso, a jogadora não pôde disputar o Grand Prix e nem o Mundial pela seleção brasileira. Ficou três meses longe do vôlei.
Em setembro voltou a ser titular do Osasco. No seu primeiro jogo, uma nova contusão. Logo no primeiro set, torceu o joelho esquerdo e rompeu o ligamento. Fez uma cirurgia e ficou quase seis meses longe das quadras.
Agora que ela estava recomeçando a treinar, mais problemas. Resta torcer para que Jaqueline não desanime e tenha força para lutar por mais uma recuperação. A persistência também é uma qualidade de campeões.

Italiano
O atacante Dante está com a bola toda no Italiano. Com 18 pontos assinalados, foi maior pontuador do Modena na vitória sobre o Treviso, por 3 a 0, na rodada do fim de semana. O Treviso, do russo Dineikine, é o líder do torneio e estava há nove jogos sem perder. O Modena divide a vice-liderança com o Macerata, que, desfalcado de Nalbert, derrotou o Milano por 3 a 1 e soma 17 vitórias e quatro derrotas.

Japonês
A NEC, do atacante Anderson, e o Suntory, de Gílson, enfrentam-se na sexta-feira na primeira rodada da fase final do Campeonato Japonês. No sábado, a NEC pegará o Panasonic e o Suntory enfrentará o JT. Os dois times com os melhores resultados decidem o título no domingo. Gílson é o maior pontuador do torneio.

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