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Briga por ingresso foi decisiva para Parque Antarctica
Após saber que duelo seria em Ribeirão Preto, São Paulo reduziu carga de entradas para rivais na primeira partida
Sem divisão igual, como
havia sido acordado por
clubes, Palmeiras recorreu
à federação e pressionou por jogo em seu estádio
DA REPORTAGEM LOCAL
DO PAINEL FC
A escolha do Parque Antarctica para o segundo jogo entre
Palmeiras e São Paulo pela semifinal do Paulista-2008 ocorreu após o time do Morumbi
desistir de dividir os bilhetes
igualmente com os rivais.
Ao saber que a Polícia Militar
avalizaria clássico do dia 20 em
Ribeirão Preto, a diretoria tricolor decidiu interromper a
venda de parte dos ingressos
destinados aos palmeirenses
no duelo do domingo. Queria
garantias de que receberia metade das entradas no interior.
Pelas contas do São Paulo, o
Palmeiras ficaria com cerca de
25 mil ingressos. Quando soube
que seria mesmo no Parque
Antarctica, o clube definiu que
venderá somente 10% (6.700)
dos ingressos para o rival -até
ontem, no entanto, já haviam
sido comercializados 8.000.
O vice de futebol do Palmeiras, Gilberto Cipullo, argumentou com o presidente da Federação Paulista, Marco Polo Del
Nero, que o São Paulo não estava cumprindo o combinado.
E que, se não era para dividir
os ingressos igualmente, a partida poderia ocorrer no Parque
Antarctica, pois, segundo o Palmeiras, o estádio só não seria
usado porque não havia como
repartir igualmente o público.
O São Paulo afirma que o
acordado valia somente com os
dois jogos sendo no Morumbi.
Como o segundo não seria lá,
precisava ter garantias de
quantas entradas receberia.
Acabou irritado com a FPF, que
não fez valer o combinado na
reunião entre os clubes.
"Encaro a decisão como natural. É o mais correto para um
jogo dessa importância. O São
Paulo vai jogar a primeira na
casa deles, e nós vamos jogar a
segunda em casa. Isso deveria
acontecer sempre. De agora em
diante, o Palmeiras vai fazer de
tudo para jogar as finais dentro
da sua casa", disse o diretor de
futebol Toninho Cecílio.
O clube destinará cerca de
2.500 lugares ao adversário.
Um dos problemas, apontado
também pelo promotor Paulo
Castilho, é a pequena distância
(cerca de 10 m) que separam as
entradas para os visitantes e a
entrada do setor VIP.
"Esse é um detalhe que a diretoria do Palmeiras vai ter que
resolver. Se for necessário, certamente será desocupado [para
a separação das torcidas]", afirmou o coronel da PM Ademir
Aparecido Ramos.
Castilho, no entanto, diz ter
documentos da própria polícia
que não recomendam um clássico no Parque Antarctica.
"É correr um risco desnecessário, mas eu estou com a consciência tranquila", afirmou o
promotor, que admitiu não entender por qual motivo a PM
"mudou sua posição".
"Esses documentos são verdadeiros, legítimos. Aumenta o
risco, mas nós estamos garantindo a segurança", rebateu Ramos, argumentando que o Palmeiras entregou todos os laudos necessários para a liberação do Palestra Itália.
"A PM está preparada para
fazer a segurança em qualquer
estádio. Mas sei que teremos
mais trabalho", declarou.
(EDUARDO ARRUDA E RICARDO PERRONE)
Colaboraram MÁRVIO DOS ANJOS e
TONI ASSIS , da Reportagem Local
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