DA REPORTAGEM LOCAL

O futuro de Max Mosley à frente da presidência da FIA será definido no dia 3 de junho, em votação secreta em Paris.
A definição da data foi divulgada ontem pela entidade que comanda o automobilismo mundial. Participarão da Assembléia Geral extraordinária convocada pelo próprio dirigente as 222 organizações dos 130 países filiados à federação.
Apesar de algumas das principais confederações nacionais de automobilismo já terem repudiado o comportamento de Mosley e até sugerido sua renúncia, o fato de a votação ser secreta pode ser uma esperança para que o dirigente inglês permaneça no cargo que assumiu em 1993 e cujo mandato termina em outubro de 2009.
O emprego de Mosley, 67, está em xeque desde que o tablóide britânico "News of the World" reproduziu imagens do presidente da FIA em uma orgia sexual com tema nazista.
O dirigente, que processa o jornal por quebra de confidencialidade, invasão ilegal de privacidade e uso indevido de informação privada, teve ontem a primeira derrota na Justiça.
O juiz David Eady rechaçou o pedido do dirigente para que trechos das cinco horas de gravação deixem de ser exibidos no site do tablóide na internet.
Segundo Eady, o vídeo já havia sido suficiente divulgado na rede -foram mais de 1,5 milhão de espectadores em apenas dois dias- para o presidente da FIA imaginar que agora podia tirá-lo do domínio público.
Apesar da derrota, Mosley divulgou nota ontem em que mostra confiança no resultado final do processo que move contra o "News of the World".
No comunicado, o dirigente afirma que pretende doar todo o dinheiro conseguido no processo para a Fundação FIA, que promove campanhas para a segurança nas estradas, no automobilismo e no ambiente.
O processo deve ser julgado pela Justiça britânica em julho.