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Disputa no ataque agita o Santos
MAÉRCIO SANTAMARINA
ENVIADO ESPECIAL A JARINU
A tranquilidade que o Santos foi
buscar em Jarinu, no mesmo hotel-fazenda onde a seleção se concentrou para o jogo contra o Peru,
ficou ameaçada ontem com uma
disputa interna no time pela vaga
do atacante Deivid.
Com uma lesão no joelho e no
pé direito, o jogador dificilmente
terá condições de se recuperar para a partida do próximo domingo,
contra o Corinthians, no estádio
do Morumbi, quando será decidida uma das vagas para a final do
Campeonato Paulista.
Rodrigão, que entrou no lugar
de Dodô no segundo tempo no
primeiro jogo das semifinais
-no empate em 1 a 1-, disputa a
vaga com Caio.
Para tentar abafar o racha, o técnico Geninho ameaçou ontem escalar Júlio César, reserva até então
não cogitado.
"Já estava com muita vontade
de entrar no jogo passado, mas
não entrei. Fiquei chateado. Se o
Geninho optar por mim, não precisará mudar o esquema tático do
Santos", reivindicou a vaga Caio.
"Se o Deivid não jogar, a maneira de atuar do Santos vai mudar,
sim, porque, apesar das boas opção que temos para o ataque, não
há nenhuma com as mesmas características dele. Trata-se de um
jogador de explosão, de muita velocidade. Dos três que testei, acho
que o Júlio César é o mais veloz",
afirmou Geninho.
Rodrigão, no entanto, tem certeza de que será o substituto.
Embora esteja em tratamento
intensivo em Jarinu, para onde o
Santos praticamente transferiu o
seu departamento de fisioterapia,
Deivid está quase descartado para
domingo. Deve retornar apenas
para as finais do Paulista caso o
Santos se classifique.
""Os médicos não escondem que
o caso é grave. Mas, caso não se
recupere agora, vamos precisar
dele na final se eliminarmos o Corinthians", disse Geninho.
Segundo Jorge Merouço, médico do Santos, Deivid tem feito trabalhos de recuperação de manhã,
à tarde e à noite, durante três horas por período.
Para evitar que problemas desse
tipo tenham reflexo em campo, o
volante Rincón resolveu chamar
para si a responsabilidade do grupo logo no primeiro treino da
equipe em Jarinu, pela manhã.
O colombiano tomou a palavra
ontem e proferiu uma palestra de
cerca de 40 minutos para os jogadores, observado por Geninho.
"É minha obrigação chamar a
responsabilidade porque sou um
dos mais experientes do grupo",
disse Rincón, que no treino recreativo da tarde gritava o tempo
todo com os companheiros, roubando de novo a cena do técnico.
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