São Paulo, segunda-feira, 10 de maio de 2010

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Receita de G4 paulista aumenta 14% em um ano

Após obter 2 títulos, Corinthians tem maior crescimento de renda e menor evolução de endividamento de 2008 a 2009

Juntos, os quatro grandes clubes do futebol de São Paulo apresentam uma renda combinada que é superior a R$ 551 milhões

EDUARDO OHATA
MARTÍN FERNANDEZ

DA REPORTAGEM LOCAL

Puxados pelo Corinthians, os quatro grandes clubes do futebol de São Paulo, reunidos, viram no ano passado um aumento em suas receitas de 14% em relação a 2008, e de 19% se comparadas a 2007. No período, São Paulo, Santos, Palmeiras e Corinthians produziram, juntos, R$ 551,3 milhões.
O clube que mais contribuiu para esse crescimento foi o Corinthians, que experimentou crescimento de 54% se comparado a 2008. Dos quatro, o único que apresentou retração nas receitas foi o rival Palmeiras.
O Corinthians produziu R$ 181 milhões no ano passado. Em 2008, havia sido R$ 117,5 milhões. Já o Palmeiras assistiu a suas receitas diminuírem em 10%. Elas caíram de R$ 138,8 milhões para R$ 125 milhões.
No caso específico do clube alvinegro, os ganhos obtidos com patrocínio e publicidade cresceram 81%, e a bilheteria vivenciou expansão de 67%.
""O Corinthians contou com mais patrocínios, mais visibilidade na mídia. E o Ronaldo foi parte fundamental para isso acontecer. Mas, mesmo quando não estava em campo, pela bilheteria percebe-se que o clube não está dependente dele", argumenta Amir Somoggi, diretor da Esporte Total da consultoria Crowe Horwath RCS.
Tornou a situação do Corinthians bastante confortável o primeiro semestre, com as campanhas vitoriosas no Paulista e na Copa do Brasil. Premiações e majoração nos preços dos ingressos ajudaram a aumentar as receitas do clube.
O São Paulo foi o segundo colocado, com crescimento de 9%, só um ponto percentual a mais do que o Santos, com 8%.
Em 2009, o clube do Morumbi apresentou receita da ordem de R$ 174,8 milhões. Já no ano anterior, o time do presidente Juvenal Juvêncio havia registrado R$ 160,5 milhões.
O São Paulo deve muito de sua posição ao seu estádio, o Morumbi, que arrecada o mesmo valor representado pela publicidade e propaganda do clube. Sem contar bilheteria dos jogos, o aluguel da arena para shows, camarotes, cadeiras cativas e publicidade dentro dos estádios foi responsável por gerar R$ 31,3 milhões em 2009.
No ano anterior essa soma havia sido de R$ 19,2 milhões.
Mesmo com as atuações dos meninos da Vila e toda a visibilidade resultante, a renda do Santos em 2009 foi de R$ 70,3 milhões. Um pouco só a mais do que no ano anterior, quando fora de R$ 65,3 milhões.
Apesar da promessa do atual presidente, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, de manutenção dos atletas e criação de um fundo, o mandatário anterior do Santos, Marcelo Teixeira, deixou legado que representará muitas dificuldades para o clube quanto ao endividamento.
Mesmo desconsideradas as milionárias transações de jogadores, o clube presidido por Andres Sanchez prossegue na ponta dos que tiveram maior crescimento de renda durante o ano de 2009. Neste cenário, sua renda aumentou de R$ 90,7 milhões para R$ 151,2 milhões. Trata-se de percentual de 67%.
No quesito, os quatro grandes exibiram faturamento de R$ 496,3 milhões. Assim, comparado a 2008, a evolução foi de 36%, e de 69% sobre 2007.


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