São Paulo, sábado, 10 de junho de 2006

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Dupla narra, mas também torce forte

DO ENVIADO A MUNIQUE

A narração para os cegos é muito diferente do que se costuma ouvir no rádio ou na TV. "O básico é dizer o nome do atleta, o que ele está fazendo e, principalmente, em que posição está", diz Martin Sedlacek.
Eles se revezam entre o microfone e a assistência aos cegos. Ontem, por exemplo, três fones tiveram que ser trocados.
Nada, porém, impede os narradores de torcer. Quando a Costa Rica fez o segundo, Jochen Stutzky reclamou ao microfone: "Mais uma vez, Wanchope marca em impedimento. A arbitragem prejudica a Alemanha hoje". Só depois descreveu o lance.
Quando saiu o quarto, ambos se abraçaram, esquecendo a locução. Depois, Sedlacek justificou. "Você é brasileiro, vê goleadas sempre. Para nós, é coisa rara." (GR)


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