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Muricy muda, só que Dagoberto fica
Atacante, que ainda não anotou neste Brasileiro, é o único insubstituível desde o início do torneio no setor ofensivo
Jogador terá Marcel ao seu lado hoje, contra o Atlético, e já sente pressão de ter que comprovar sua vocação num improdutivo ataque
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Na quinta rodada do Brasileiro, a certeza no ataque do São
Paulo é uma só: Dagoberto.
Sua contratação envolveu
uma longa peleja jurídica com o
Atlético-PR, que o revelou.
Após muito tempo encostado, o
atacante, natural de Enéas
Marques (PR), voltou a atuar
pelo time do Morumbi e, mesmo sem ter reencontrado seu
melhor futebol, tornou-se a coluna na qual Muricy Ramalho
apóia seu projeto de reconstrução do ataque tricolor.
Hoje, contra o Atlético-MG,
o São Paulo apresentará no
Brasileiro sua terceira dupla de
ataque -Dagoberto e Marcel.
Uma ciranda de atacantes que
começou com a queda de produção de Aloísio e Leandro, a
improdutividade de Borges e,
mais recentemente, a suspensão do mesmo Aloísio por dois
jogos, pelo STJD, devido a
ofensas contra um árbitro.
A questão é que o jovem atacante paranaense ainda não
marcou nenhum gol com a camisa tricolor, o que já significa
pressão. Às vésperas do jogo,
Dagoberto chegou a ouvir um
jornalista lhe perguntar se estaria jogando com o nome.
"A responsabilidade existe.
Sou atacante, e o pessoal vai me
cobrar se não fizer gols. Sei que
posso render muito mais, por
isso estou tranqüilo", afirma.
Para o jogador, é possível notar que os atacantes do São
Paulo, time que soma apenas
três gols em quatro jogos (dois
de pênalti, do goleiro Rogério, e
um do ala Jorge Wagner), já demonstram maior entendimento. "Só falta os gols aparecerem", afirma o jogador.
O técnico, sem dúvida, segue
apostando. "É preciso dar uma
seqüência de jogos a ele, tem
que ter paciência", diz Muricy,
que não nega que preferia ter
Aloísio hoje ao lado de Dagoberto. "Só não vai jogar porque
está suspenso", explica ele.
A aposta em Dagoberto é tanta que o colega Marcel entra
justamente pela semelhança
com o jogo de Aloísio -a quem
o "intocável" sempre se refere
como o ideal para acompanhá-lo, por lhe dar uma referência
na área adversária.
Curiosamente, o Atlético-MG, dirigido pelo ex-ídolo são-paulino Zetti, padece de mal
parecido. Seus atacantes não
marcam há quatro jogos, mas a
escalação se repete pela terceira vez. "Nossa conversa é para
tentar tirar o máximo deste time e, aos poucos, melhorar um
pouco mais o rendimento deles", diz o ex-goleiro, que pediu
um pouco mais de velocidade a
seus homens ofensivos.
NA TV - São Paulo x Atlético-MG
Sportv (menos SP), às 18h10
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