São Paulo, quarta-feira, 10 de junho de 2009

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R$ 300 milhões em ação

Em Recife, dupla tenta justificar fama

Kaká e Robinho, cuja produção na seleção pelas eliminatórias está aquém do esperado neste ano, pegam o Paraguai hoje

Atletas cumprem jornada de coadjuvantes nos 3 jogos do Brasil e nos clubes em 2009, mas formam o par mais caro da história do futebol do país


Fernando Donasci/Folha Imagem
Robinho e Kaká, os dois atletas mais valiosos do futebol brasileiro, participam de treino em Recife

PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A RECIFE

Eles formam a dupla mais cara da história do futebol brasileiro. Mas, em 2009, nas eliminatórias, não justificaram com a camisa da seleção tal fama.
Contra o Paraguai, hoje, às 21h50, em Recife, Kaká e Robinho, que juntos custaram 109 milhões (mais de R$ 300 milhões pelo câmbio atual) para seus atuais clubes, têm nova chance de deixarem de ser coadjuvantes, como foram nas três partidas deste ano válidas por uma vaga na Copa-2010.
Kaká ficou de fora do jogo contra o Equador e teve atuações pálidas diante de Peru e Uruguai. Só marcou um gol nesses jogos, e foi em cobrança de pênalti. Robinho foi titular nessas três partidas, entretanto quase não foi notado no ataque -contra os peruanos, chegou a ser vaiado no momento da substituição, no Beira-Rio.
Os números do Datafolha atestam a pobreza técnica das últimas atuações da milionária dupla com a camisa da seleção.
Contra o Uruguai, goleada por 4 a 0, Robinho só tentou um drible, menos até do que fez o volante Felipe Melo. Kaká só finalizou uma vez, justamente no pênalti que converteu. Juntos, os dois foram responsáveis por um quarto dos passes errados do time. No empate diante do Equador, Robinho finalizou uma vez só -para fora. Contra o Peru, Kaká também não acertou o alvo.
Nos clubes, a milionária dupla também não empolgou na temporada de 2009 como em outros tempos. Kaká marcou oito gols pelo Milan. Robinho, depois de um ótimo início no Manchester City, balançou as redes apenas três vezes em 2009 pela agremiação inglesa.
Depois do jogo contra os uruguaios, Robinho disse que não brilhou com a bola no pé, mas que sua ajuda na defesa foi ótima. Para o duelo com o Paraguai, ele novamente coloca o suor em primeiro lugar.
"O primeiro objetivo é ganhar os três pontos. Depois, se possível, dar espetáculo."
Anteontem, após anunciar sua ida do Milan para o Real Madrid, Kaká disse que em nenhum momento a novela que virou sua transferência afetou o seu rendimento em campo.
No último treino antes do jogo de hoje no Arruda, Dunga não deu sinais de quem irá formar, junto com Robinho e Kaká, o trio mais ofensivo da sua seleção. Em nenhum momento ficou claro quem será o eleito, Nilmar ou Alexandre Pato.
Antes, Robinho disse que se sentiria mais à vontade com o atleta do Inter na vaga de Luis Fabiano. "São dois grandes jogadores. O Pato tem mais a mesma característica que a minha. O Nilmar joga mais na área. Também joguei mais com ele em seleções de base. Tenho mais facilidade de atuar com o Nilmar por suas características", explicou o camisa 11.
Brasil e Paraguai têm os mesmos 24 pontos, mas o time de Dunga lidera as eliminatórias por ter melhor saldo de gols.
Logo após o jogo em Recife, a seleção embarca, em voo fretado, para a África do Sul, onde disputa a Copa das Confederações. O time estreia na próxima segunda-feira, contra o Egito.


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