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Fabu cadê o loso?Luis Fabiano, artilheiro na era Dunga, vive dias de irritação por causa do jejum de gols
EDUARDO ARRUDA
MARTÍN FERNANDEZ
PAULO COBOS
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A JOHANNESBURGO
Luis Fabiano não grita um
gol com a camisa da seleção
brasileira há cinco jogos. Não
sabe se, ao final da Copa-2010, volta para o Sevilla ou
vai para outro lugar. E mostrou irritação nos recentes
treinos e amistosos na África.
O camisa 9 do Brasil passou em branco contra Venezuela, Inglaterra, Omã, Zimbábue e Tanzânia. Os três últimos ocupam os lugares 97,
113 e 108 no ranking da Fifa.
Dos 11 gols feitos pelo Brasil nessas partidas, nenhum
foi do principal encarregado
de marcá-los. O jejum de
gols, que deixa Luis Fabiano,
29, visivelmente contrariado,
é o maior do artilheiro,
apelidado Fabuloso, desde
que Dunga assumiu o time.
A maior seca anterior havia sido em 2008, quando o
centroavante não anotou nas
partidas diante de Venezuela, Paraguai e Argentina.
Além de lidar com a estiagem, Luis Fabiano convive
com as incertezas sobre seu
futuro. Na única entrevista
coletiva que concedeu na
África do Sul, o atacante tentou driblar o assunto. "Sobre
transferência, eu não gostaria de falar neste momento."
Mas não conseguiu: "Tenho mais um ano de contrato, não sei... O Sevilla pensa
em [me] vender e há uma
possibilidade de sair."
Ontem, jornais italianos
informaram que Adriano
Galliani, cartola do Milan,
viajou para a Espanha a fim
de contratá-lo. Ofereceria o
holandês Huntelaar ou 12
milhões (R$ 26 milhões).
Na Espanha, porém, dirigentes do Sevilla falam em
renovar o contrato até 2013.
José Fuentes, agente do
atleta, afirmou à Folha que
"Luis Fabiano só está preocupado com a Copa do Mundo. Não tem nada de Milan".
Ao lado de Robinho, Luis
Fabiano é o maior artilheiro
da era Dunga, com 19 gols.
Em jogos por torneios oficiais, sua média é de 0,9 por
partida. Em amistosos, a produção é menor: 0,5 tento por
exibição, em média.
Por enquanto, não há dúvida sobre quem deve ser o
centroavante titular da seleção no Mundial africano.
Mas, daqui a cinco dias, o
Brasil estreia na Copa do
Mundo contra a Coreia do
Norte. E, se passar mais uma
vez em branco, Luis Fabiano
vai igualar o recorde negativo de Ronaldo, que ficou seis
jogos sem fazer gol em 2005.
À época, o Fenômeno já era
contestado pelo peso e pela
falta de comprometimento.
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