da Reportagem Local

A sede da Independente, a maior uniformizada do São Paulo, teve suas portas lacradas ontem por oficiais de Justiça, que cumpriram a determinação de fechá-la.
Apesar de estar extinta pela Justiça desde 98, a torcida continuava se reunindo em sua sede, localizada em uma galeria da rua 24 de Maio (centro de São Paulo).
""A Justiça tarda, mas não falha", comemorou o promotor Fernando Capez, que tem lutado para extinguir as atividades das organizadas.
Representantes da Independente, por sua vez, responsabilizaram recentes brigas com a Gaviões da Fiel, a maior uniformizada do Corinthians, pelo fechamento de sua sede e prometeram continuar se encontrando em outro local para seguir o time são-paulino.
Segundo Capez, depois de ter tido as portas de sua sede lacradas, a torcida terá suas contas bancárias sequestradas e o dinheiro será repassado para o São Paulo. ""É o que diz o estatuto (da torcida)""", explicou o promotor, que ainda tenta fechar a Gaviões.
A torcida do Corinthians voltou a ser vigiada com mais atenção pela Polícia Militar depois de ter enviado um fax a órgãos de comunicação na semana passada, em que dizia não se responsabilizar por eventuais tragédias no clássico contra o São Paulo, disputado no domingo, no Morumbi.
Na ocasião, o arsenal encontrado com alguns sócios da Independente e da própria Gaviões impressionou a polícia. Entre os armamentos, estavam enxadas, tacos e bolas de bilhar, barras de pebolim e bombas caseiras.
Antes do primeiro jogo entre São Paulo e Corinthians, 33 torcedores foram detidos. Depois da partida, o mesmo ocorreu com outros 21.
Nos dois jogos entre Palmeiras e Santos, pelas semifinais do Paulista, o total de torcedores detidos -20- foi menor. (JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO)

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