LUÍS CURRO
da Reportagem Local

A ala-armadora Cláudia Maria das Neves, a Claudinha, 24, é a terceira brasileira a participar da WNBA, a versão feminina da NBA, cuja terceira edição começa hoje.
A informação foi confirmada ontem, no final da tarde, pelo departamento de relações públicas do Detroit Shock, equipe que a brasileira defenderá até agosto.
Acompanham Claudinha nesta temporada da liga profissional norte-americana a ala Janeth Arcain, 30, no Houston Comets, e a pivô Alessandra de Oliveira, 25, no Washington Mystics.
Janeth foi a brasileira pioneira na WNBA: participa desde o primeiro campeonato. Já Alessandra estreou no segundo torneio, em 98.
Antes do treino de ontem, que definiu as 11 jogadoras que defenderão o Shock no campeonato, Claudinha disse à Folha que estava "otimista" sobre a possibilidade de ser uma das escolhidas.
"Joguei bastante e pontuei nos dois amistosos que fizemos contra o Los Angeles", declarou ela, que tem se destacado nas últimas apresentações pela seleção brasileira.
Na semana retrasada, a técnica da equipe, Nancy Lieberman-Cline, elogiara a brasileira apenas dois dias após o início dos treinamentos: "Ela conhece suas habilidades ofensivas como poucas."
Foram cortadas quatro jogadoras das 15 do grupo, entre elas duas "estrangeiras": a ala búlgara Gergana Branzova e a gigante bósnia (2,03 m) Razija Mujanovic.
Mesmo lesionada na coxa, a ala russa Elena Tornikidou, 34, companheira de Claudinha no BCN, também conseguiu ficar entre as 11 jogadoras que defenderão o Shock.
A contratação de Elena será importante para Claudinha na questão da comunicação, que tem sido um problema para a brasileira.
As duas têm pouca noção de inglês, mas Elena tem recebido instruções em russo de uma intérprete, e as repassa, em português, para Claudinha. "São as ordens táticas da técnica, já que a linguagem do basquete é universal", afirmou Nicolas Garcia, marido de Elena e empresário da brasileira.
Claudinha não deve ser titular do Shock -que estréia amanhã contra o Minnesota Lynx, fora de casa-, pelo menos no início do campeonato. As preferidas da treinadora são Jennifer Azzi e a australiana Sandy Brondello.
Janeth, bicampeã pelo Houston, também deve passar a maior parte dos jogos no banco, como no ano passado, na sombra de Sheryl Swoopes e Tina Thompson.
A única brasileira titular é Alessandra, que terá neste ano o "Michael Jordan" do basquete feminino como colega no Washington (leia texto ao lado).
NA TV - Orlando Miracle x Houston Comets, na ESPN Brasil, ao vivo, às 21h


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