São Paulo, Quinta-feira, 10 de Junho de 1999
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Liga tem estréia de "Jordan feminino'

da Reportagem Local

Chamique Holdsclaw, considerada por especialistas o "Michael Jordan" do basquete feminino, faz sua estréia na WNBA oficialmente hoje, pelo Washington Mystics.
A ala de 21 anos é tida como um fenômeno. Nas últimas quatro temporadas, ela se tornou o principal destaque na Universidade de Tennessee, onde se formou em ciências políticas.
Em sua carreira na NCAA (o campeonato universitário norte-americano), conduziu a equipe a três títulos. O único fracasso foi neste ano, quando a Universidade de Duke eliminou Tennessee na fase final.
Dois anos atrás, Holdsclaw já fazia parte da seleção adulta norte-americana, que ficou com a prata na Copa América, em São Paulo -o Brasil venceu.
No ano passado, foi a "sexta jogadora" da seleção dos EUA que ganhou o Mundial da Alemanha. Às vésperas da final contra a Rússia, ela falou à Folha que seria Jordan lhe disse uma vez para "ser sempre o mais competitiva possível" e que seria "magnífico estar à frente de uma nova geração no basquete".
No "draft" (seleção de novatos) deste ano, Holdsclaw foi a primeira a ser escolhida. O Washington Mystics teve o privilégio de contar com ela porque realizou a pior campanha em 98.
Apesar de somar apenas três vitórias em 27 partidas, a equipe teve o público mais fiel: 15.910 torcedores por partida (a média geral da WNBA foi de 10.869 torcedores). "A recompensa aos fãs para essa lealdade é ter Chamique aqui", declarou a técnica dos Mystics, Nancy Darsch.
Mais bem paga atleta da liga (salário da temporada estimado em US$ 200 mil), ela se surpreende com a quantidade de cartas que tem recebido. "Querem meu dinheiro", brinca.
Holdsclaw promete ser o centro das atenções da agora única liga profissional dos EUA. A rival ABL (American Basketball League), sem dinheiro, fechou as portas no final de 98.
No mês que vem, a WNBA promoverá seu primeiro All-Star Game (Jogo das Estrelas), tradicional evento na NBA. (LC)


Com as agências internacionais


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