FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos

O Santos vive a expectativa da possível demissão do técnico Emerson Leão após a derrota de virada para o Palmeiras por 2 a 1, que significou a eliminação do time da final do Paulista.
A reapresentação dos jogadores está marcada para amanhã, dia em que deverá acontecer uma reunião entre o treinador e a diretoria.
Os dirigentes rejeitam falar diretamente sobre o assunto antes de conversarem com o técnico, mas dão declarações que deixam Leão em situação bastante desconfortável, que podem indicar que o técnico deverá sair.
"Acho que quem joga para empatar, perde. O Santos perdeu para seus próprios erros. Eu, como presidente do clube, não posso concordar com isso. Da forma como está, não se pode continuar", disse o presidente Samir Abdul-Hak.
"Todos têm culpa, da diretoria à comissão técnica e aos jogadores. Agora, dentro da hierarquia, algumas pessoas têm mais responsabilidade do que outras", disse o vice José Paulo Fernandes.
O principal obstáculo à demissão do treinador, cujo contrato termina somente em dezembro, é a indenização de R$ 1,2 milhão (valor referente a multa e aos salários do técnico até dezembro) que o clube terá de pagar caso o dispense.
Leão não pretende tomar a iniciativa de se demitir -nessa hipótese, segundo os termos do contrato, ele é quem teria de pagar a mesma indenização ao clube.
Alguns dirigentes acreditam que a solução poderá vir do São Paulo, que na noite de ontem decidiria contra o Corinthians uma das vagas à final do Paulista.
A hipótese é a de que o clube do Morumbi, caso seja eliminado, convide Leão para treinar o time, em substituição a Paulo César Carpegiani. Nesse caso, seria mais fácil um acordo entre Leão e o Santos acerca da multa contratual.



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