São Paulo, Quinta-feira, 10 de Junho de 1999
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FUTEBOL
Time elimina São Paulo e tenta ampliar o número de títulos paulistas
Corinthians finalista reencontra o Palmeiras pela hegemonia em SP

da Reportagem Local

O Corinthians empatou ontem com o São Paulo, no Morumbi, em 1 a 1, e garantiu vaga na final do Paulista-99, contra o Palmeiras, que eliminara o Santos.
Como havia goleado o São Paulo na primeira partida semifinal por 4 a 0, até uma derrota por três gols de diferença classificaria os corintianos para a decisão.
O Palmeiras, por ter feito campanha melhor, jogará por empates. O primeiro jogo da final será no domingo. O segundo, no dia 20.
Para os corintianos, será a oportunidade de se vingarem da eliminação pelos rivais da Taça Libertadores, torneio em que foram derrotados nas quartas-de-final em cobrança de pênaltis. Em 1999, as duas equipes já se enfrentaram cinco vezes, com três vitórias do Palmeiras e duas do Corinthians.
Para a equipe do técnico Oswaldo de Oliveira, a final será também a oportunidade de o time se sagrar o maior campeão paulista -coleciona 22 títulos, contra 21 do Palmeiras.
Na década de 90, porém, a vantagem é palmeirense, que conquistou três títulos -1993, 94 e 96-, contra dois do rival -1995 e 97.
Com o resultado de ontem, o Corinthians já se tornou o time de maior sucesso em fases mata-mata na história do torneio.
Desde 1973, quando o campeonato teve 20 fórmulas com eliminação por mata-mata, o time chegou a 14 finais, contra 13 do São Paulo. Com isso, pode ser considerado o ""rei do mata-mata".
Se vencer a final contra o Palmeiras, os corintianos conseguirão um novo feito, obtendo 23 títulos na competição, contra 21 dos rivais. Serão, então, os campeões do século do Paulista.
Precisando de uma vitória por quatro gols de diferença, o São Paulo iniciou a partida com muita disposição, pressionando o adversário, e, logo aos 4min, abriu a contagem com gol do zagueiro Márcio Santos, de cabeça, após uma cobrança de escanteio.
""Era o que eles (os jogadores) tinham combinado, marcar um gol antes dos dez primeiros minutos", disse o tenista Fernando Meligeni, torcedor do São Paulo, que participou da corrente feita pelos atletas antes da partida.
Só a partir dos 15min, quando começou a cair o ímpeto inicial do São Paulo, o Corinthians conseguiu equilibrar o jogo.
Mesmo assim, foi o time do técnico Paulo César Carpegiani que quase marcou, aos 22min, em chute perigoso de Dodô, para fora.
Dois minutos depois, o volante Vampeta fez bela jogada individual e tocou para Marcelinho marcar. O meia-atacante, no entanto, em posição de impedimento, teve seu gol anulado.
Aos 28min, o Corinthians desperdiçou grande chance, quando Marcelinho tocou para Edílson. O atacante chutou, Rogério rebateu, e o mesmo Edílson voltou a chutar para o gol. A bola tocou duas vezes na trave e não entrou.
Quatro minutos mais tarde, foi a vez do São Paulo quase marcar, quando o zagueiro Gamarra conseguiu tocar na bola, evitando que Dodô marcasse.
Finalmente, na última chance da equipe de Carpegiani no primeiro tempo, França, após cobrança de escanteio, tocou de cabeça, mas o goleiro Maurício defendeu na linha do gol.
Logo no início do segundo tempo, porém, as esperanças do São Paulo terminaram quando, aos 2min, Edílson, aproveitando cruzamento de Vampeta, empatou a partida.
O gol do Corinthians desestabilizou o time de Carpegiani, que tinha a melhor campanha no Paulista-99, e fez a equipe de Oswaldo de Oliveira, animada com a proximidade da classificação, passar a ter o domínio das ações.
Aos 16min, por pouco Edílson não ampliou, em lance que acabou sendo interceptado pelo goleiro Rogério. Pouco depois, o lateral-esquerdo Silvinho foi derrubado dentro da área adversária, mas o juiz Oscar Roberto Godoi não assinalou o pênalti.
Com a entrada de Dinei em lugar de Fernando, os corintianos tiveram pelo menos duas outras chances para virar a partida, mas não souberam aproveitá-las.
No final do jogo, quando faltavam dois minutos para a partida terminar, Marcelinho irritou-se com substituição de Oliveira, que colocou o volante Pingo em seu lugar, e saiu do gramado gesticulando muito, sem falar com o treinador corintiano.


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