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FUTEBOL
Time elimina São Paulo e tenta ampliar o número de títulos paulistas
Corinthians finalista
reencontra o Palmeiras
pela hegemonia em SP
da Reportagem Local
O Corinthians empatou ontem
com o São Paulo, no Morumbi, em
1 a 1, e garantiu vaga na final do
Paulista-99, contra o Palmeiras,
que eliminara o Santos.
Como havia goleado o São Paulo
na primeira partida semifinal por 4
a 0, até uma derrota por três gols de
diferença classificaria os corintianos para a decisão.
O Palmeiras, por ter feito campanha melhor, jogará por empates. O
primeiro jogo da final será no domingo. O segundo, no dia 20.
Para os corintianos, será a oportunidade de se vingarem da eliminação pelos rivais da Taça Libertadores, torneio em que foram derrotados nas quartas-de-final em
cobrança de pênaltis. Em 1999, as
duas equipes já se enfrentaram
cinco vezes, com três vitórias do
Palmeiras e duas do Corinthians.
Para a equipe do técnico Oswaldo de Oliveira, a final será também
a oportunidade de o time se sagrar
o maior campeão paulista -coleciona 22 títulos, contra 21 do Palmeiras.
Na década de 90, porém, a vantagem é palmeirense, que conquistou três títulos -1993, 94 e 96-,
contra dois do rival -1995 e 97.
Com o resultado de ontem, o Corinthians já se tornou o time de
maior sucesso em fases mata-mata
na história do torneio.
Desde 1973, quando o campeonato teve 20 fórmulas com eliminação por mata-mata, o time chegou a 14 finais, contra 13 do São
Paulo. Com isso, pode ser considerado o ""rei do mata-mata".
Se vencer a final contra o Palmeiras, os corintianos conseguirão um
novo feito, obtendo 23 títulos na
competição, contra 21 dos rivais.
Serão, então, os campeões do século do Paulista.
Precisando de uma vitória por
quatro gols de diferença, o São
Paulo iniciou a partida com muita
disposição, pressionando o adversário, e, logo aos 4min, abriu a contagem com gol do zagueiro Márcio
Santos, de cabeça, após uma cobrança de escanteio.
""Era o que eles (os jogadores) tinham combinado, marcar um gol
antes dos dez primeiros minutos",
disse o tenista Fernando Meligeni,
torcedor do São Paulo, que participou da corrente feita pelos atletas
antes da partida.
Só a partir dos 15min, quando
começou a cair o ímpeto inicial do
São Paulo, o Corinthians conseguiu equilibrar o jogo.
Mesmo assim, foi o time do técnico Paulo César Carpegiani que
quase marcou, aos 22min, em chute perigoso de Dodô, para fora.
Dois minutos depois, o volante
Vampeta fez bela jogada individual e tocou para Marcelinho marcar. O meia-atacante, no entanto,
em posição de impedimento, teve
seu gol anulado.
Aos 28min, o Corinthians desperdiçou grande chance, quando
Marcelinho tocou para Edílson. O
atacante chutou, Rogério rebateu,
e o mesmo Edílson voltou a chutar
para o gol. A bola tocou duas vezes
na trave e não entrou.
Quatro minutos mais tarde, foi a
vez do São Paulo quase marcar,
quando o zagueiro Gamarra conseguiu tocar na bola, evitando que
Dodô marcasse.
Finalmente, na última chance da
equipe de Carpegiani no primeiro
tempo, França, após cobrança de
escanteio, tocou de cabeça, mas o
goleiro Maurício defendeu na linha do gol.
Logo no início do segundo tempo, porém, as esperanças do São
Paulo terminaram quando, aos
2min, Edílson, aproveitando cruzamento de Vampeta, empatou a
partida.
O gol do Corinthians desestabilizou o time de Carpegiani, que tinha a melhor campanha no Paulista-99, e fez a equipe de Oswaldo de
Oliveira, animada com a proximidade da classificação, passar a ter o
domínio das ações.
Aos 16min, por pouco Edílson
não ampliou, em lance que acabou
sendo interceptado pelo goleiro
Rogério. Pouco depois, o lateral-esquerdo Silvinho foi derrubado
dentro da área adversária, mas o
juiz Oscar Roberto Godoi não assinalou o pênalti.
Com a entrada de Dinei em lugar
de Fernando, os corintianos tiveram pelo menos duas outras chances para virar a partida, mas não
souberam aproveitá-las.
No final do jogo, quando faltavam dois minutos para a partida
terminar, Marcelinho irritou-se
com substituição de Oliveira, que
colocou o volante Pingo em seu lugar, e saiu do gramado gesticulando muito, sem falar com o treinador corintiano.
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