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FUTEBOL
Após conquistar o Paulista explorando jogadas de bola parada, São Paulo perde título inédito da mesma forma
Faltas decidem título da Copa do Brasil
DA REPORTAGEM LOCAL
Por meio de uma cobrança de
falta, no último minuto do jogo, o
Cruzeiro conseguiu virar o placar
e conquistar o título da Copa do
Brasil, ontem à tarde, no Mineirão. O São Paulo havia aberto o
placar da partida também de falta.
Após conquistar o título do último Paulista sobre o Santos explorando justamente as jogadas de
bola parada, o São Paulo acabou
levando a pior desta vez.
O atacante Geovanni foi o autor
do gol que deu o tricampeonato
ao Cruzeiro, aos 45min do segundo tempo, cobrando uma falta
que ele mesmo havia sofrido,
após ser puxado por Rogério Pinheiro quando ia livre rumo ao
gol. O são-paulino foi expulso.
Como prometera o técnico
Marco Aurélio, o Cruzeiro iniciou
o jogo de ontem na ofensiva, tentando pressionar o São Paulo, embalado pela torcida mineira, que
havia recebido 35 mil apitos na
entrada do estádio.
O São Paulo, com uma novidade em sua escalação -Edu entrou no lugar do atacante Sandro
Hiroshi-, tentava explorar os
contra-ataques rápidos.
O Cruzeiro levava perigo à defesa são-paulina principalmente
nas jogadas de Jackson e Ricardinho com Oséas e Geovanni.
Percebendo o risco que corria, o
São Paulo não demorou para reforçar ainda mais a marcação, levando o jogo a ficar concentrado
no meio-campo a partir dos
10min do primeiro tempo.
Como a partida se mostrava
violenta, com quatro cartões
amarelos em apenas 18 minutos,
o São Paulo passou a apostar nas
bolas paradas para tentar chegar
ao gol. Aos 20min, cobrando falta
da direita, Marcelinho deu um
susto no goleiro André, do Cruzeiro. Logo em seguida, cabeceando uma bola de escanteio, Rogério Pinheiro repetiu a dose.
O Cruzeiro respondeu, também
em dose dupla, na sequência.
Oséas por pouco não abriu o placar em um ataque rápido. Na defesa, o goleiro Rogério se chocou
com o zagueiro Edmílson e os
dois discutiram em campo, enquanto Geovanni desperdiçava a
segunda chance consecutiva.
A melhor chance cruzeirense na
partida, no entanto, viria com um
chute de Jackson da pequena
área, pouco à frente do goleiro
Rogério, que desviou a bola com o
pé direito. A bola bateu na trave e
voltou para Ricardinho, que estava desequilibrado e, mesmo com
o gol vazio à sua frente, acabou
chutando para o alto.
Sem se intimidar, o São Paulo
procurou se impor também ofensivamente, utilizando Raí como
seu terceiro atacante.
Invertendo os papéis no segundo tempo, os são-paulinos passaram a tomar a iniciativa do jogo,
enquanto os cruzeirenses exploravam os contra-ataques. Ambos
não se descuidavam da defesa.
O Cruzeiro quase superou a defesa adversária aos 17min, em ataque puxado por Jackson, que viu
Marcos Paulo vindo de trás, em
velocidade, e tocou a bola para
ele. Bem posicionado, Rogério espalmou o chute forte do volante.
Em uma falta à direita da entrada da área, aos 21min, Marcelinho
abriu o placar para o São Paulo,
cobrando com um chute de efeito.
A bola fez uma curva, sem que
cruzeirenses e são-paulinos conseguissem interceptá-la, e entrou
perto da trave direita do goleiro
André, que caía pela esquerda.
No momento do gol, Muller havia acabado de entrar em campo,
substituindo Jackson.
Diante da necessidade de fazer
dois gols para chegar ao título, o
técnico Marco Aurélio optou por
tirar o lateral Rodrigo para a entrada do atacante Fábio Júnior.
Em seguida, sacou o lateral Sorín
para a entrada do meia Viveros.
A alteração tática do técnico
Marco Aurélio surtiu efeito. Fábio
Júnior, após receber de Muller na
área, empatou. Faltavam dez minutos para terminar a partida.
Levir Culpi, treinador são-paulino, adotou, então, a tática inversa, substituindo o atacante Edu
pelo meia defensivo Fabiano. Em
seguida, saiu Alexandre para a entrada de Axel.
Geovanni teve chance de virar o
placar aos 42min, quando ia sozinho rumo ao gol, após superar
Rogério Pinheiro, mas foi derrubado. Na cobrança da falta frontal, chutou entre as pernas dos jogadores da barreira do São Paulo.
O São Paulo teve chance de empatar logo em seguida, mas Cléber tirou a bola da linha de gol
após rebatida do goleiro André.
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