WAGNER OLIVEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

A Polícia Federal prendeu ontem o ex-deputado federal e atual presidente da Federação Paranaense de Futebol, Onaireves Nilo Rolim de Moura, 54, na casa dele, em Curitiba (PR).
O juiz interino da 2ª Vara da Justiça Federal no Paraná, Nivaldo Brunoni, condenou Moura a quatro anos e dois meses de prisão por crime de sonegação à Previdência Social.
Como presidente da federação, Moura deixou de pagar ao INSS R$ 525 mil, entre dezembro de 1995 e julho de 1997. A quantia se refere à taxa de 5% que a entidade recolheu da renda dos jogos disputados no Estado nesse período.
Ontem, a juíza da Justiça federal Silvia Regina Salou indeferiu pedido de liberação e arbitragem de fiança feito pelo advogado do dirigente, Lourival Barão.
Hoje, o advogado irá recorrer ao 4º Tribunal Regional da Justiça Federal, em Porto Alegre (RS).
Segundo o advogado, a prisão de Moura não faz sentido, pois a federação teria feito em janeiro um acordo com a Previdência para pagar a dívida em parcelas.
Em 1993, Moura teve o seu mandato de deputado federal cassado por falta de decoro - ele foi acusado de ter coordenado a compra de deputados pelo PSD, partido que presidia, por US$ 50 mil, a fim de aumentar o tempo da legenda na TV e no rádio.
Há cerca de um mês, Moura foi eleito para mais um mandato de quatro anos à frente da Federação Paranaense de Futebol. Ele ocupa o cargo desde 1985. O dirigente também já presidiu o Atlético-PR e comandou o departamento de marketing da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
No ano passado, apesar dos escândalos, como a suposta pirataria de camisas da seleção, Onaireves chefiou a delegação do Brasil na Copa América, no Paraguai.


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