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VÔLEI
Adversário, que garantiu a vaga por ser sede da fase final, fez a segunda pior campanha entre os 12 times da liga
Brasil estréia hoje contra Holanda na fase decisiva da liga
DA REPORTAGEM LOCAL
A seleção brasileira inicia hoje
sua caminhada na fase decisiva da
Liga Mundial em busca de um título que não conquista desde
1993. Se depender do retrospecto
este ano, o Brasil não deve ter dificuldades para derrotar a Holanda, seu adversário de hoje, apesar
de a partida ser em Roterdã.
Com a vaga garantida por ser
sede da fase decisiva, o time holandês fez a segunda pior campanha na primeira fase da liga. Foram três vitórias em 15 partidas.
Lanterna do grupo B, a Holanda
acabou ficando com a vaga da
França, pior segunda colocada
entre todas as chaves.
Já o Brasil sofreu para conseguir
a vaga, mas garantiu-se como o
melhor segundo colocado entre
as três chaves da Liga Mundial
(ver texto na página).
Apesar disso, ninguém no time
brasileiro espera que o jogo de hoje seja fácil. Para o técnico Radamés Lattari, a Holanda vai tentar
fazer uma boa apresentação em
casa, com o objetivo de apagar a
má impressão da primeira fase.
"O retrospecto da fase classificatória não conta muito. A Holanda pôde fazer experiências
porque já sabia que estava classificada. Agora é que vale mesmo",
afirmou o treinador.
Para se classificar, o Brasil não
fez uma boa campanha se comparada aos resultados das últimas ligas. A equipe de Lattari venceu oito e perdeu quatro partidas. É um
retrospecto inferior ao de 1999,
quando a seleção conseguiu dez
vitórias e só teve duas derrotas.
Apesar disso, o levantador
Maurício, único remanescente no
grupo que foi campeão da Liga
Mundial em 1993, acredita que o
time vem evoluindo.
"Estamos melhorando a cada
semana. Começamos a Liga Mundial com alguns problemas, mas
mostramos uma boa evolução.
Tenho certeza de que estaremos
melhor ainda", acredita ele.
O treinador brasileiro não armou nenhum esquema especial
para enfrentar os holandeses. Mas
alertou para as jogadas rápidas
feitas pelo levantador Blangé, de
2,05 m, para o ataque do meio
Van de Goor, de 2,09 m.
"Eles trouxeram o Blangé de
volta. Com ele, a Holanda é um
outro time, muito perigoso", afirmou o treinador, que deve utilizar
a competição para definir o time
que irá para a Olimpíada.
No começo do mês, Lattari cortou oito atletas de um grupo de 24
que treinavam na equipe. Marcelo Negrão, Ricardinho, Paulinho,
Roim, Itápolis, Henrique, Enoch e
Dirceu caíram fora da disputa por
uma das 12 vagas em Sydney.
Dois dias depois, Carlão desistiu
de disputar sua quarta Olimpíada.
O ponta alegou que não estava
conseguindo se recuperar de uma
hérnia de disco. Dirceu foi convocado às pressas apenas para completar o time na Liga Mundial.
Com isso, faltam mais três cortes para Lattari definir o grupo
que vai aos Jogos de Sydney.
Já a Holanda irá usar a fase decisiva da Liga Mundial como preparação para a disputa do seu último torneio classificatório para a
Olimpíada.
O torneio será realizado em
Montpellier, na França, de 25 a 27
deste mês. Para conseguir a vaga
olímpica, a equipe terá que passar
por França, Canadá e Taiwan.
O time holandês não é nem
sombra da equipe de alguns anos
atrás, quando assustava por contar com a maior média de altura
do mundo. A equipe atual ainda
conta com alguns gigantes, mas
sofre com a escassez de talentos.
A Holanda começou a despontar no cenário mundial a partir da
medalha de prata conquistada
nos Jogos de Barcelona, em 1992,
quando perdeu a decisão exatamente para o Brasil.
Quatro anos depois, em Atlanta,
os holandeses chegaram novamente a uma decisão olímpica.
Com um bloqueio quase intransponível e um ataque eficiente, a
equipe derrotou os favoritos italianos, após um emocionante tie-break, e conquistou o ouro.
O time contava com craques como Van der Meulen e Zwerver,
além de Blangé, Van de Goor e
Van de Horst, que ainda permanecem na equipe.
NA TV - Holanda x Brasil, na
Sportv, ao vivo, às 15h30
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