São Paulo, Segunda-feira, 10 de Julho de 2000
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TÊNIS
Norte-americano vence Patrick Rafter por 3 a 1, ganha 7º título de Wimbledon e chega a 13 conquistas de Grand Slams
Sampras quebra maior recorde do tênis

Reuters
O tenista norte-americano Pete Sampras comemora a vitória sobre o australiano Patrick Rafter


DA REPORTAGEM LOCAL

O norte-americano Pete Sampras, 28, conquistou ontem a maior vitória de sua carreira ao bater o australiano Patrick Rafter, por 3 a 1 (6/7, 7/6, 6/4 e 6/2), na final do Torneio de Wimbledon.
Com o resultado, obteve o 13º título de Grand Slam de sua vida, se tornando, de forma isolada, o tenista com mais conquistas dessas competições na história.
Até ontem, Sampras dividia com o australiano Roy Emerson a liderança no número de títulos de Grand Slams -série que é composta pelo Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e Aberto dos EUA.
"Este é um grande momento da minha vida e esta é a melhor quadro do mundo". afirmou Sampras, depois do jogo de ontem.
No final da partida, que ficou parada por cerca de quatro horas por causa da chuva, o norte-americano, chorando, foi até as cadeiras da quadra central do All England Club para abraçar seu pai Sam e sua mãe Georgia, que assistiam a um jogo do filho em Wimbledon pela primeira vez.
Além de agradecer aos pais, Sampras também "precisou de ajuda divina".
"É sempre especial vencer aqui, mas, dessa vez, eu precisei de uma pequena ajuda lá de cima", disse Sampras, se referindo ao momento difícil que passou nos dois primeiros sets.
Ontem, depois de perder o primeiro set, o norte-americano, que prometeu voltar a disputar Wimbledon na próxima temporada, ficou em uma situação difícil no segundo set, quando perdia o tie-break por 4 a 1.
Com uma sequência de bons saques, reverteu o quadro e fechou a série -nos dois sets seguintes, venceu com facilidade.
Além do recorde histórico, Sampras, que agora acumula 63 títulos na carreira, conseguiu outras marcas importantes.
Com a conquista de ontem, acumula agora sete títulos em Wimbledon, se igualando a William Renshaw, que foi campeão sete vezes do mais tradicional torneio, no século passado.
A vitória de ontem também fez com que Sampras superasse uma marca financeira inédita na história do tênis.
Com os cerca de US$ 750 mil que ganhou pelo título em Wimbledon, o norte-americano superou os US$ 40 milhões em prêmios na carreira.
Entre os jogadores ainda na ativa, o que mais se aproxima de Sampras é seu compatriota Andre Agassi, que acumula cerca de US$ 20 milhões em prêmios.
Com sua campanha na edição deste ano de Wimbledon, Sampras, que entre os torneios da série Grand Slam só não foi campeão em Roland Garros, também melhorou seu aproveitamento na competição inglesa.
Nas últimas oito edições, que teve o norte-americano como campeão em sete, Sampras venceu 53 dos 54 jogos que disputou, com uma aproveitamento de 98%.
Com a derrota de Rafter, a Austrália, país que sempre teve especialistas na grama, o piso de Wimbledon, continua amargando um jejum no torneio.
Desde 1987, quando Pat Cash foi campeão, o país não consegue ganhar um título na competição.
Rafter também não conseguiu reverter o quadro desfavorável dos australianos contra Sampras.
Agora, em nove jogos contra tenistas da Austrália em Wimbledon, o norte-americano acumula nove vitórias.
"Eu tive minhas oportunidades, mas quando você joga contra um grande campeão como Sampras você tem que saber aproveitar", afirmou Rafter, se referindo à vantagem que tinha no tie-break do segundo set.
Com o confronto de ontem, o norte-americano aumentou sua vantagem em confrontos diretos contra o australiano -venceu dez dos 14 jogos disputados entre os dois. (PC)


Com agências internacionais

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