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AUTOMOBILISMO
Plano de conquistar título em 2001 é o principal argumento da empresa para reter brasileiro
Ford faz plano "segura Barrichello"
FÁBIO SEIXAS
enviado especial a Silverstone
Um mês após anunciar a compra da Stewart e iniciar uma nova
era na relação entre fábricas e times da F-1, a montadora norte-americana Ford prepara a criação
de uma superestrutura para a
temporada do ano que vem.
O objetivo é passar a vencer corridas já em 2000 e, em 2001, conquistar o Mundial.
As conversas sobre eventuais
reforços para a equipe começaram há duas semanas, na França,
e cresceram nos últimos dias, às
vésperas do GP da Inglaterra.
A prova, oitava etapa do campeonato, acontece amanhã, a partir da 9h (de Brasília). Hoje, no
mesmo horário, com TV, será
realizado o treino oficial.
Em primeiro lugar na lista de
prioridades da Ford estaria a contratação de uma dupla de pilotos
de ponta. Se aceitar a proposta
que lhe foi feita no início da semana, o brasileiro Rubens Barrichello seria um deles.
A adoção do discurso de crescimento vem sendo o principal argumento da empresa na tentativa
de manter o piloto em 2000.
Três outros pilotos já teriam sido sondados para ocupar a vaga
que hoje é de Johhny Herbert. A
dispensa do inglês ao fim da temporada já é dada como certa na F-1 -ele teria mais um ano de contrato a cumprir com o time.
O finlandês Mika Hakkinen e o
escocês David Coulthad, ambos
da McLaren, e o irlandês Eddie Irvine, da Ferrari, seriam os favoritos da direção da Ford.
O alemão Heinz-Harald Frentzen também teria sido sondado.
Nesta semana, porém, a equipe
Jordan anunciou que o manterá
por mais um ano. A antecedência
do anúncio pode ser entendida
como um indício de que Frentzen
estava mesmo na mira da Ford.
Qualquer ação da Ford depende
de uma decisão de Barrichello.
Ontem, ele disse que "novidades"
podem surgir até o GP da Áustria,
dia 25. O brasileiro está cético
quanto aos planos da Ford.
"Falar não é fazer. A coisa vai
melhorar, mas tem que evoluir
muito para ser campeão em 2001.
Não acho que isso é possível."
Na Europa, comenta-se que a
Ford teria um salário anual de
US$ 10 milhões à disposição para
um piloto de ponta. Neste ano, o
contrato de Barrichello é de US$ 3
milhões. A quantia seria tentadora para Coulthard ou Irvine, mas
insuficiente para contar com
Hakkinen -o finlandês estaria
exigindo US$ 15 milhões/ano.
Outra discussão sobre o futuro
da Stewart se refere à mudança de
nome para o ano que vem. A revista inglesa "Autosport", mais
conceituada publicação de F-1 no
mundo, já dá como certa a adoção
do nome "Jaguar", marca que
pertence à montadora dos EUA.
A linha de carros da Jaguar é
competidora direta no mercado
europeu da BMW, que associou
seu nome à Williams, e da Mercedes-Benz, ligada à McLaren.
NA TV - Treino para o GP da
Inglaterra, Globo, ao vivo, 9h
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