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A PERSONAGEM
EUA criam
milhões de
"Pretinhas'
da Reportagem Local
As mulheres representam
41% do total de praticantes de
futebol nos EUA. O expressivo
número (na Inglaterra, 2% dos
praticantes são mulheres) deve-se a um bom trabalho de base, que revela suas ""Pretinhas".
No total, 7,9 milhões de norte-americanas, entre 6 e 11
anos, jogam futebol no país.
Elizabeth Gula, 12, era mais
uma dessas garotas, mas hoje é
chamada de ""Lizinha" (alusão
a Pretinha, atacante do Brasil).
Ela fez oito gols em dez jogos
na AYSO (American Youth
Soccer Organization) e segue
os passos do ídolo, Mia Hamm.
""Lizinha", que se orgulha por
ter feito um "hat trick" (três
gols em um jogo) e um gol de
cabeça (mais raro no futebol feminino), falou à Folha.
(RBu)
Folha - Como as meninas
começam a jogar nos EUA?
Lizinha - Há uma liga nacional, oferecida para meninos e
meninas. Os EUA têm excelente programa de futebol para garotas nas escolas. Quero ser a
Pelé do futebol feminino, ser a
Mia Hamm daqui a dez anos.
Folha - Por que as meninas
nos EUA adoram futebol? E
por que os meninos odeiam?
Lizinha - As meninas amam
futebol. É o único esporte que a
mulher domina nos EUA. Os
meninos aqui não odeiam o futebol. É que eles são mais pressionados a jogar outros esportes, como beisebol e hóquei.
Folha - Quer ser jogadora?
Lizinha - Eu planejo ir para a
Universidade da Carolina do
Norte, onde há grandes jogadoras. Se não me engano, é o time que mais venceu o NCAA
(campeonato universitário).
Quero bater os recordes de Mia
Hamm e ser melhor que ela.
Folha - Você acompanha os
jogos da seleção dos EUA?
Lizinha - Eu perdi a conta de
quantas partidas dos EUA eu
fui ver. Estive nos jogos de
abertura do Mundial feminino.
E vejo jogos em videoteipe para
aprender os movimentos.
Folha - O que achou do jogo
entre Brasil e EUA? E a final?
Lizinha - Contra o Brasil, os
EUA não jogaram bem. O Brasil podia ter vencido. A final será um jogo muito igual. As chinesas têm habilidade, mas são
violentas. Se os EUA jogarem o
que sabem, a taça é nossa.
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