|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
CBF afirma que novo técnico só sairá no próximo ano, mas anuncia que time olímpico terá comando independente
Seleção deve ter dois treinadores em 2003
DA REPORTAGEM LOCAL
Engana-se quem imaginou que
o mistério em torno do técnico da
seleção brasileira acabaria quando Luiz Felipe Scolari anunciasse
a sua decisão.
O suspense nacional agora será
sobre o sucessor do treinador
pentacampeão. Pelo que declarou
ontem o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, o anúncio só sairá
no próximo ano.
"A gente não tem pressa", afirmou o cartola ao lado de Scolari.
A informação pode ser um artifício do dirigente para evitar o assédio da imprensa e a pressão dos
torcedores nas próximas semanas. É possível, portanto, que o
nome do novo técnico seja anunciado em breve, muito antes do
prometido.
Caso contrário, o time verde-amarelo ficaria sem comando nos
amistosos que deverá disputar até
o final deste ano.
Pelo menos uma partida deve
ser agendada, nos dias 19 ou 20 de
novembro, datas reservadas pela
Fifa para amistosos. Mas em setembro e outubro também haverá
datas em que os jogadores que
atuam na Europa estarão liberados -quando ocorrerem partidas pelas eliminatórias da Eurocopa, forçando os clubes a disponibilizarem seus atletas.
Com a seleção valorizada pelo
pentacampeonato, é improvável
que a CBF abra mão do dinheiro
vino do cachê desses jogos.
No próximo amistoso, no dia 21
de agosto, em Fortaleza, contra o
Paraguai, a equipe nacional ainda
será dirigida por Scolari, pois trata-se de um jogo festivo, onde os
jogadores pentacampeões receberão as faixas do título conquistado
no Mundial da Ásia.
Mas, pelo que o treinador gaúcho disse ontem no Rio, ele próprio pode reassumir a seleção antes do próximo Mundial. "Se vou
voltar em 2006 ou outra vez para a
seleção, eu não sei. Ouvi [de Ricardo Teixeira" que o caminho ficou bem definido e bem aberto",
afirmou Scolari.
O técnico chegou com Teixeira
para a entrevista coletiva de ontem na nova sede da CBF. Eles
trocaram elogios e agradecimentos. "A CBF e eu ficamos tristes
com a saída dele", disse Teixeira.
O retorno, entretanto, dependerá diretamente da performance
do seu sucessor. Caso o novo técnico consiga reeditar o bom desempenho do time da Copa-2002,
terá como prêmio a manutenção
até o Mundial da Alemanha.
Até agora, os nomes especulados para o cargo de técnico são os
de Carlos Alberto Parreira (que
dificilmente aceitará voltar),
Wanderley Luxemburgo, Oswaldo de Oliveira e Tite.
Segundo Ricardo Teixeira, a
única definição é que o comando
da seleção em 2003 será dividido
por dois profissionais -um para
comandar o time principal, outro
para treinar a equipe olímpica.
"A princípio, vai haver uma seleção olímpica e outra principal.
A experiência das eliminatórias
nos mostrou que não dá [para um
técnico acumular as duas funções"", afirmou Teixeira.
O dirigente se referiu ao fiasco
brasileiro na Olimpíada de
Sydney, em 2000. Na época, Wanderley Luxemburgo optou por
exercer simultaneamente o comando das seleções principal,
que disputava as eliminatórias, e
sub-23, que foi aos Jogos.
Colaborou a Sucursal do Rio
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Memória: Técnico entra e sai amparado por torcedores Índice
|