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São Paulo, domingo, 10 de agosto de 2003

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Joana Cortez obtém bi nas duplas

DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO

Joana Cortez repetiu ontem o feito de Winnipeg-99. Conquistou o ouro de duplas femininas no tênis ao bater, em parceria com Bruna Colósio, as porto-riquenhas Kristina Brandi e Vilmarie Castellvie por 2 sets a 0 (6/4 e 7/5).
No Pan-Americano anterior, quando pela primeira vez conquistou o ouro, ela formou dupla com Vanessa Menga.
Como na final de Winnipeg, a vitória de ontem foi marcada por seguidas falhas de lado a lado. O motivo, segundo Joana, 24, foi o nervosismo. ""Estávamos muito tensas e acabamos errando alguns lances bobos, mas o importante é que ganhamos", afirmou.
Bruna, 22, adotou o mesmo discurso. ""Saber que está em disputa o ouro é uma coisa que mexe com seu emocional. Eu estava muito nervosa. A Joana sempre me contava como era disputar o ouro, mas é só você estando lá para ver como é que é."
Agora que sentiu o sabor da conquista, Bruna disse que sonha em ir mais longe. ""Disputar o Pan é uma experiência bem diferente, que eu adorei. É legal o clima na Vila, conhecer atletas de outros esportes, fazer amizades, saber que eles estão torcendo por você. Este foi meu primeiro [Pan], mas certamente não será o último."
Joana também quer disputar outras edições do Pan e deixou a quadra já falando no de 2007. ""Vai ser uma experiência nova. Imagine poder conquistar o tricampeonato em casa?", comentou a atleta, que é natural do Rio de Janeiro.
Em Santo Domingo, para chegarem ao ouro, as duas tiveram de vencer três duplas rivais: primeiro bateram Barbados, nas semifinais, o México, e agora, na decisão, Porto Rico.
""É verdade que não foram muitos jogos, mas não foi fácil, não [ganhar o ouro]. Uma das porto-riquenhas [Kristina Brandi] tinha vencido a Fernanda [Alves, brasileira, em partida de simples], por 6/0 e 6/0", lembrou Bruna, que durante quatro anos estudou e treinou na Louisiana State University, nos EUA.
Tanto Bruna quanto Joana esperam que, com o ouro, consigam estimular outras garotas a iniciar a prática do tênis.
""No Brasil, se já é difícil se dedicar ao tênis, a dificuldade é ainda maior se você é mulher. O tênis feminino ainda precisa pegar. Espero que o nosso ouro sirva, pelo menos, para isso. Precisamos atrair a atenção para o esporte", disse Bruna.
Joana concorda com a companheira e lembra de Gustavo Kuerten. ""O tênis feminino precisa de um ídolo como ele. Sei que um ídolo não resolve tudo e nossa medalha é muito pouco perto do que ele já fez. Mas se valorizarem nosso ouro já vai ser um passo."(EO, GR E JCA)

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