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Joana Cortez obtém bi nas duplas
DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO
Joana Cortez repetiu ontem o
feito de Winnipeg-99. Conquistou o ouro de duplas femininas no
tênis ao bater, em parceria com
Bruna Colósio, as porto-riquenhas Kristina Brandi e Vilmarie
Castellvie por 2 sets a 0 (6/4 e 7/5).
No Pan-Americano anterior,
quando pela primeira vez conquistou o ouro, ela formou dupla
com Vanessa Menga.
Como na final de Winnipeg, a
vitória de ontem foi marcada por
seguidas falhas de lado a lado. O
motivo, segundo Joana, 24, foi o
nervosismo. ""Estávamos muito
tensas e acabamos errando alguns
lances bobos, mas o importante é
que ganhamos", afirmou.
Bruna, 22, adotou o mesmo discurso. ""Saber que está em disputa
o ouro é uma coisa que mexe com
seu emocional. Eu estava muito
nervosa. A Joana sempre me contava como era disputar o ouro,
mas é só você estando lá para ver
como é que é."
Agora que sentiu o sabor da
conquista, Bruna disse que sonha
em ir mais longe. ""Disputar o Pan
é uma experiência bem diferente,
que eu adorei. É legal o clima na
Vila, conhecer atletas de outros
esportes, fazer amizades, saber
que eles estão torcendo por você.
Este foi meu primeiro [Pan], mas
certamente não será o último."
Joana também quer disputar
outras edições do Pan e deixou a
quadra já falando no de 2007.
""Vai ser uma experiência nova.
Imagine poder conquistar o tricampeonato em casa?", comentou a atleta, que é natural do Rio
de Janeiro.
Em Santo Domingo, para chegarem ao ouro, as duas tiveram de
vencer três duplas rivais: primeiro
bateram Barbados, nas semifinais, o México, e agora, na decisão, Porto Rico.
""É verdade que não foram muitos jogos, mas não foi fácil, não
[ganhar o ouro]. Uma das porto-riquenhas [Kristina Brandi] tinha
vencido a Fernanda [Alves, brasileira, em partida de simples], por
6/0 e 6/0", lembrou Bruna, que
durante quatro anos estudou e
treinou na Louisiana State University, nos EUA.
Tanto Bruna quanto Joana esperam que, com o ouro, consigam
estimular outras garotas a iniciar
a prática do tênis.
""No Brasil, se já é difícil se dedicar ao tênis, a dificuldade é ainda
maior se você é mulher. O tênis feminino ainda precisa pegar. Espero que o nosso ouro sirva, pelo
menos, para isso. Precisamos
atrair a atenção para o esporte",
disse Bruna.
Joana concorda com a companheira e lembra de Gustavo Kuerten. ""O tênis feminino precisa de
um ídolo como ele. Sei que um
ídolo não resolve tudo e nossa
medalha é muito pouco perto do
que ele já fez. Mas se valorizarem
nosso ouro já vai ser um passo."(EO, GR E JCA)
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