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BASQUETE
Vitória por dois pontos (64 a 62) no Mundial de Atenas assegura também a classificação para a Olimpíada
Iugoslávia bate Rússia e conquista tetra
EDGARD ALVES
enviado especial a Atenas
A Iugoslávia é a nova campeã do
mundo, título conquistado ontem, em Atenas, na Grécia, calando a torcida grega, que apoiava a
equipe adversária, a Rússia.
Além da medalha de ouro, a seleção iugoslava e sua torcida -cerca de 20% das 20 mil pessoas que
lotaram o Olimpic Stadium- tiveram mais dois motivos para festejar a vitória: passa a ser o país
com maior número de títulos
mundiais (quatro) e está classificada para a Olimpíada-2000.
O confronto decisivo, muito
equilibrado, teve o primeiro tempo vencido pela Rússia, por 35 a
30. Na etapa final, a Iugoslávia reagiu, mas o placar chegou a acusar
empate em 54 pontos, faltando um
minuto e 30 segundos para o término do tempo regulamentar.
Em seguida, os iugoslavos arrancaram para a vitória, fechando o
marcador em 64 a 62.
A Iugoslávia, a ex-URSS (representada pela Rússia) e os EUA estavam empatados na liderança de
conquistas de Mundiais, com três
medalhas de ouro, três de prata e
três de bronze, cada.
"Nos três minutos finais, o fator
psicológico nos favoreceu. Numa
final, os jogadores estão sob uma
pressão tremenda. O principal é
não ter medo", desabafou o técnico Zelko Obradovic, da Iugoslávia.
Ele destacou ainda que seu time
neutralizou os arremessadores
russos e também soube aproveitar
os arremessos de três pontos (5
certos de 12, ou seja, 41%).
"Tivemos a sorte de ter o MVP
(melhor jogador do torneio), o
Bodiroga, mas ele não foi o único.
O Zelko Rebraca foi muito importante, bem como o empenho de
toda a equipe", disse.
Bronze
Depois da surpresa nas semifinais, quando tropeçaram diante
da Rússia por apenas dois pontos
de diferença (66 a 64), ficando alijados da decisão, os EUA ganharam fácil da Grécia, por 84 a 61.
A vitória valeu a medalha de
bronze. No jogo que definiu a
quinta posição, a Espanha bateu a
Itália por 64 a 61.
A Argentina, que chegou a acreditar na hipótese de ficar entre os
semifinalistas, sofreu sua terceira
derrota consecutiva, perdendo para a Lituânia.
Brasil
A seleção brasileira, que mudou
sua filosofia de jogo, passando a
dar mais atenção ao sistema defensivo do que ao ofensivo, ficou
com o 10º lugar.
A equipe enfrenta também uma
etapa de renovação. O cestinha
Oscar Schmidt, por exemplo, o
mais destacado jogador brasileiro
de todos os tempos, se despediu
da seleção na Olimpíada de Atlanta-96, quando o Brasil obteve o
sexto lugar.
No Mundial de Toronto-94, no
Canadá, a seleção ficou em 11º lugar, sua pior campanha da história
no torneio.
Ao lado dos EUA, o Brasil é o
único país que participou de todos
Campeonatos Mundiais -13 no
total-, somando duas medalhas
de ouro, duas de prata e duas de
bronze.
Tem o quarto melhor retrospecto da competição. Conquistou os
seus dois títulos em Santiago-59 e
no Rio de Janeiro-63.
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