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FUTEBOL
Goiás ganha, deixa zona de rebaixamento e faz equipe paulista afundar ainda mais na classificação do Brasileiro
Palmeiras cai para a penúltima posição
DA REPORTAGEM LOCAL
Ao menos ontem o Palmeiras
quis ser o Goiás, seu companheiro
de crise. Tudo que seu técnico, Levir Culpi, havia projetado para
sua equipe o rival conseguiu.
Com a vitória por 4 a 2, no Serra
Dourada, os goianos deixaram a
zona de rebaixamento e afundaram ainda mais o adversário.
O resultado pôs o Palmeiras na
penúltima colocação do Nacional,
com apenas 15 pontos.
O Goiás, que como o Palmeiras
teve origem italiana, ocupava essa
posição na tabela, mas agora é o
22º, com 17 pontos e um jogo a
menos que o time paulista.
Enquanto os goianos deixaram
o gramado até falando em classificação para a próxima fase, os palmeirenses vêem cada vez mais
próximo o rebaixamento.
Ontem, mais uma vez Levir Culpi mudou a formação palmeirense. O ataque dos últimos jogos,
com Muñoz e Itamar, foi substituído por Dodô e Nenê.
A opção do treinador, porém,
não se mostrou a mais acertada.
Os dois homens de frente palmeirenses praticamente não viram a
cor da bola. Segundo o Datafolha,
o time só finalizou três vezes ao
gol de Harley no primeiro tempo.
E a melhor delas foi de um zagueiro, Alexandre, que acertou a trave.
Na verdade, os palmeirenses foram espectadores das jogadas do
rápido Araújo e do ex-ídolo do
Parque Antarctica Evair.
Os dois minaram a defesa rival
em menos de dez minutos e, pelo
menos ontem, deixaram um
grande abismo entre as equipes
que tinham até então trajetórias
quase idênticas no Nacional.
Mas, antes disso, ainda viram o
zagueiro Fabão, aos 23min, dar
um potente chute da intermediária e acertar o canto direito alto de
Marcos para abrir o placar.
Com as portas abertas, os atacantes goianos iniciaram as ofensivas letais contra o time de Culpi.
Primeiro, Evair e Araújo tabelaram na entrada da área adversária. A jogada terminou com o segundo chutando cruzado para fazer 2 a 0, aos 30min.
Depois foi a vez de Araújo invadir a área pela esquerda e servir
Evair, que, livre diante de Marcos,
tocou para fazer o terceiro.
Com o rival abatido, os goianos
ainda se deram ao luxo de perder
mais oportunidades, principalmente com o meia Danilo, que
acertou a trave de Marcos.
"Nós criamos as oportunidades,
nenhum dos gols foi dado. Por isso, podemos fazer mais gols", dizia eufórico o técnico do Goiás,
Nelsinho Baptista.
"Temos de mudar tudo. Esse é o
tipo de jogo que poderíamos sortear para ver quem sai. Mas decidi
manter todos eles para que melhorem", falava um irritado Culpi.
Mas, apesar da aposta de Culpi,
nenhum de seus jogadores melhorou. E, além disso, o Goiás
continuou jogando bem.
Assim, o time da casa logo fez o
quarto, aos 2min. Em uma cobrança de escanteio pela esquerda, a defesa palmeirense ficou
olhando, e Araújo fez 4 a 0.
Culpi, então, teve de se render
ao "sorteio". Enquanto Pedrinho
se aquecia para entrar no lugar de
Marco Aurélio, Nenê sofreu pênalti de Túlio.
Arce cobrou e descontou para o
time paulista, aos 5min.
O técnico palmeirense decidiu
mexer mais no time. Sobrou para
Nenê e Dodô, que deram lugar
para Itamar e Juninho.
A sorte palmeirense parecia que
ia mudar. Aos 27min, Fabão deu
uma cabeçada em Itamar na área
e foi expulso. O árbitro Leonardo
Gaciba marcou pênalti para o Palmeiras. Arce bateu novamente e
fez o segundo do Palmeiras.
Mas a equipe paulista não teve
força para marcar mais vezes. No
final, o palmeirense Alexandre
ainda foi expulso de campo.
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