São Paulo, sexta-feira, 10 de novembro de 2000

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Relação com militares é alvo de deputados

DO ENVIADO A BRASÍLIA

As ligações da Fifa, no período em que João Havelange esteve na presidência da entidade (74-98), com os regimes militares do Brasil e da Argentina foram alvo do questionamento dos deputados do PT ontem, que colocaram sob suspeita resultados da Copa de 1978.
José Genoino (PT-SP), que esteve na guerrilha comunista do Araguaia, nos anos 70, perguntou a Havelange se a extinta CBD, que deu lugar à CBF, sabia que a conquista da Copa do México, em 1970, seria usada pelo governo do general Médici.
O dirigente se limitou a dizer que acha natural as conquistas serem usadas pelos governos e afirmou que respeitava o governo de Médici.
Pedro Celso (PT-DF) e Dra. Rosinha (PT-PR) afirmaram que a ditadura argentina teve forte influência sobre a Copa de 78, naquele país. Havelange, no entanto, negou que os militares da Argentina tenham influenciado resultados do torneio.
O próprio Havelange, no início de seu depoimento, disse que achava "estranho" o fato de sete dos nove árbitros (incluindo auxiliares) de três jogos do Brasil na Copa-66 terem sido ingleses.
Mas negou suspeitar de manipulação de resultados na época, já que a Copa do Mundo foi disputada na Inglaterra. (JAB)

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