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Belga apela por solidariedade dos clubes europeus
da Reportagem Local
Jean-Marc Bosman tem criticado
o que chama de egoísmo dos clubes da Europa, que estariam reduzindo seus investimentos na formação de novos valores.
"Alguns dirigentes pararam de
investir em escolinhas de futebol",
lamentou Bosman. "Eles deveriam adotar um sistema baseado
na solidariedade entre os grandes e
os pequenos clubes, como acontece no basquete europeu."
Segundo o ex-jogador belga,
quando um clube de basquete
compra um atleta, 10% do valor
envolvido na transação vai para
um fundo destinado à formação de
novos valores.
Para ele, uma das poucas exceções no continente tem sido o
Ajax, da Holanda, que continua
investindo em escolinhas.
Além da solidariedade, Bosman
sugere ainda a criação de um fundo destinado a formar jogadores
utilizando os direitos de TV pagos
aos clubes.
Durante o tempo do processo,
entre períodos de desemprego, o
belga atuou no St. Quentin, da segunda divisão da França, e no futebol das ilhas Reunião, no oceano
Índico. "Às vezes, me perguntava
se não era masoquista por enfrentar o mundo hipócrita do futebol."
Em 97, ganhou da Unesco (Organização das Nações Unidas para
Educação, Cultura e Ciência) o
"Prêmio da Combatividade" e um
jogo em sua homenagem.
Depois da decisão sobre o caso
Bosman, a Inglaterra virou a principal compradora de atletas, com
36% dos jogadores de seus times
importados. Coincidentemente, a
seleção inglesa abdicou do estilo
"chutão e cabeçada" para adotar
um futebol mais técnico, semelhante ao praticado pelos estrangeiros na ilha.
(JCA e RB)
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