São Paulo, sábado, 11 de janeiro de 2003

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VÔLEI

Atacantes têm maior destaque nas listas de recepção e defesa no feminino

Líberos "desaparecem" na Superliga

MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

As líberos das equipes brasileiras ganharam "concorrência". Na Superliga feminina, são as atacantes que se destacam nas estatísticas de defesa e recepção, especialidades das atletas que atuam na mais específica posição do vôlei.
Institucionalizados em 1998 para aumentar o tempo de bola em jogo, os líberos têm como funções principais receber e defender.
Os atletas que jogam nesta posição não passam o tempo todo no jogo, entram sempre no fundo de quadra e não podem atacar.
Quando começou a ser utilizado, a líbero facilitou a vida das atacantes. Com o passe preciso, seus ataques saíam melhores.
Mas, nesta Superliga feminina, as líberos estão "sobrecarregando" as companheiras de time.
No torneio que volta a ser disputado hoje com o jogo entre BCN/Osasco e MRV-Minas, às 14h30, após a folga de fim de ano, as atacantes são destaque nas funções "dominadas" pelas líberos.
No ranking da defesa, apenas duas atletas da posição figuram entre as dez mais bem colocadas.
Arlene, do BCN/Osasco, lidera as estatísticas com 52,56% de aproveitamento. Daniela, do Rexona, é única da posição que ainda figura na lista -está em sétimo lugar, com 46,34%.
Entre as duas jogadoras, porém, aparecem no ranking as atacantes Denise (Pinheiros), Raquel (Rexona), Fofinha (Osasco), Kika (Pinheiros) e Sassá (Rexona).
Na recepção, as líberos têm desempenho um pouco melhor. Rafaela, de Campos, ocupa a primeira colocação, com 60,71% de aproveitamento. Ana Volponi, do MRV-Minas, e Michelle, do Pinheiros, estão em quinto e sexto respectivamente. Contudo a lista também é completada por atacantes -Alessandra, de Campos, seguida por Érika e Sassá.
"Ninguém mais saca na líbero. Ela pode até pegar um viagem, que não tem muita direção. Mas, nos saques colocados, a gente evita ao máximo a líbero para dificultar a armação das jogadas. Nos ataques, é a mesma coisa", disse Antônio Rizola, técnico do Minas.
No Mundial da Alemanha, em setembro, no entanto, foram as líberos que dominaram as estatísticas. Tanto na defesa quanto na recepção, quatro das cinco melhores dos rankings foram atletas da posição. Nas duas listas, a coreana Koo liderou, seguida pela líbero da seleção brasileira Fabi.


NA TV - Osasco x Minas, Sportv, ao vivo, às 14h30


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