São Paulo, quarta-feira, 11 de janeiro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

"Compulsivo", Santos contrata 13

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

O Santos foi às compras e bateu um recorde. No século 21, não teve um clube grande que contratasse tanto para um Paulista como o time da Vila Belmiro em 2006, que estréia amanhã fora de casa, contra o São Bento.
Com um pacote de 13 reforços -completado ontem com o atacante Reinaldo e o meia Magnum-, o time comandado por Vanderlei Luxemburgo começa praticamente do zero. De todas as posições, apenas a lateral esquerda de Kléber não teve novidades.
Somente ele, o meia Giovanni e o zagueiro Luiz Alberto devem ter sobrevida assegurada no time titular do Santos, enquanto a renovação do capitão e meia Ricardinho não se resolve.
No ataque, o time tem oito opções. Seriam dez, não tivessem sido dispensados Fabiano e Diego, além do zagueiro Rogério, que será emprestado. Basílio, arma extensamente usada por Luxemburgo nos segundos tempos do Brasileiro-2004, pode sair.
Reinaldo já chegou pronto para ser titular e escolhendo parceiro. "Se procurarmos um jogador como Luizão em outros clubes do Brasil, não encontraremos. É certamente um dos melhores centroavantes do país. O fato dele estar aqui foi um dos fatores importantes para minha vinda."
As 13 contratações tiveram o aval de Luxemburgo, que, ao sair do Real Madrid, havia reclamado da pouca liberdade que tinha para indicar reforços. No Santos, o treinador já faz suas indicações, mas diz não ser absoluto.
Embora o vice santista, Norberto Moreira da Silva, houvesse dado mostras do poder de decisão de Luxemburgo, o técnico minimizou seu pistolão na primeira entrevista desde que reiniciou os trabalhos no Santos.
"Eu não sou dono do clube. Nós sentamos, negociamos e chegamos a um ajuste financeiro, da parte técnica, disciplinar, social. Tudo é discutido internamente."
Bem relacionado com o Iraty, do Paraná, o técnico conseguiu a chegada do atacante Galvão (que atuava no Sanfrecce Hiroshima) e do meia Magnum, que estava no Vitória. Ambos são jogadores sob contrato com os paranaenses.
"Sou um jogador de meio-campo, canhoto, mas jogo tanto na meia esquerda quanto na meia direita", disse Magnum.
Ontem, na apresentação dos reforços, o técnico santista reforçou a impressão de que sua chegada é uma borracha no 2005 santista.
"Não faço comparação. Eu tenho de trabalhar e fazer aquilo que eu acho que tem de ser feito", disse ele, admitindo que a equipe tem que correr para disputar o Paulista. "O futebol não é uma ciência exata, que muda o jogador e está pronto o time. Estamos com etapas atrasadas", declarou.


Texto Anterior: Árbitros ficam mais acuados com clima ruim
Próximo Texto: A rodada: Paulista joga sem torcida
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.