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"Compulsivo", Santos contrata 13
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
O Santos foi às compras e bateu
um recorde. No século 21, não teve um clube grande que contratasse tanto para um Paulista como
o time da Vila Belmiro em 2006,
que estréia amanhã fora de casa,
contra o São Bento.
Com um pacote de 13 reforços
-completado ontem com o atacante Reinaldo e o meia Magnum-, o time comandado por
Vanderlei Luxemburgo começa
praticamente do zero. De todas as
posições, apenas a lateral esquerda de Kléber não teve novidades.
Somente ele, o meia Giovanni e
o zagueiro Luiz Alberto devem ter
sobrevida assegurada no time titular do Santos, enquanto a renovação do capitão e meia Ricardinho não se resolve.
No ataque, o time tem oito opções. Seriam dez, não tivessem sido dispensados Fabiano e Diego,
além do zagueiro Rogério, que será emprestado. Basílio, arma extensamente usada por Luxemburgo nos segundos tempos do
Brasileiro-2004, pode sair.
Reinaldo já chegou pronto para
ser titular e escolhendo parceiro.
"Se procurarmos um jogador como Luizão em outros clubes do
Brasil, não encontraremos. É certamente um dos melhores centroavantes do país. O fato dele estar aqui foi um dos fatores importantes para minha vinda."
As 13 contratações tiveram o
aval de Luxemburgo, que, ao sair
do Real Madrid, havia reclamado
da pouca liberdade que tinha para
indicar reforços. No Santos, o
treinador já faz suas indicações,
mas diz não ser absoluto.
Embora o vice santista, Norberto Moreira da Silva, houvesse dado mostras do poder de decisão
de Luxemburgo, o técnico minimizou seu pistolão na primeira
entrevista desde que reiniciou os
trabalhos no Santos.
"Eu não sou dono do clube. Nós
sentamos, negociamos e chegamos a um ajuste financeiro, da
parte técnica, disciplinar, social.
Tudo é discutido internamente."
Bem relacionado com o Iraty,
do Paraná, o técnico conseguiu a
chegada do atacante Galvão (que
atuava no Sanfrecce Hiroshima) e
do meia Magnum, que estava no
Vitória. Ambos são jogadores sob
contrato com os paranaenses.
"Sou um jogador de meio-campo, canhoto, mas jogo tanto na
meia esquerda quanto na meia direita", disse Magnum.
Ontem, na apresentação dos reforços, o técnico santista reforçou
a impressão de que sua chegada é
uma borracha no 2005 santista.
"Não faço comparação. Eu tenho de trabalhar e fazer aquilo
que eu acho que tem de ser feito",
disse ele, admitindo que a equipe
tem que correr para disputar o
Paulista. "O futebol não é uma
ciência exata, que muda o jogador
e está pronto o time. Estamos com
etapas atrasadas", declarou.
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